Criada em 04/03/2020 às 12h26 | Pesquisa

PIB encerra o ano de 2019 com crescimento de 1,1% em relação a 2018; agropecuária e serviços registraram alta de 1,3%, diz IBGE

O IBGE informou ainda que a variação no valor adicionado da Agropecuária no ano passado (1,3%), resultou do desempenho positivo tanto na agricultura como na pecuária. Os destaques foram o milho (23,6%), algodão (39,8%), laranja (5,6%) e feijão (2,2%).

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Cristina Indio do Brasil 
DO RIO DE JANEIRO (RJ)

O produto interno bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, fechou o ano passado com crescimento de 1,1% frente a 2018. O resultado foi alcançado após a variação do quarto trimestre de 2019, que teve alta de 0,5% na comparação com o período anterior.

Na comparação com o mesmo trimestre de 2018 houve elevação de 1,7%, o décimo segundo resultado positivo consecutivo após 11 trimestres de queda.

Os números foram divulgados nesta quarta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em valores correntes, o PIB atingiu R$ 7,3 trilhões no ano. Do total, R$ 6,2 trilhões se referem ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 1,0 bilhão aos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios.

Segundo o órgão, a agropecuária e serviços cresceram 1,3% e a indústria 0,5%.
O PIB per capita variou 0,3% em termos reais e atingiu R$ 34.533 em 2019.

O CRESCIMENTO

De acordo com o IBGE, a expansão de 1,1% do Valor Adicionado a preços básicos e a alta de 1,5% no volume de Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios contribuíram para o crescimento do PIB em 2019.

Segundo a coordenadora de contas nacionais do IBGE, Rebeca Paris, apesar de ser o terceiro ano consecutivo de crescimento, em 2017 e 2018 (1,3%), a economia brasileira ainda está no patamar do primeiro trimestre de 2013. “ Não recuperou a perda ainda”, disse de referindo as quedas que ocorreram em 2015 e 2016.

A taxa de investimento do ano passado ficou em 15,4% do PIB, e superou o obtido em 2018, quando registrou 15,2%. A taxa de poupança que tinha sido de 12,4% em 2018, caiu para 12,2% em 2019.

O IBGE informou ainda que a variação no valor adicionado da Agropecuária no ano passado (1,3%), resultou do desempenho positivo tanto na agricultura como na pecuária. Os destaques foram o milho (23,6%), algodão (39,8%), laranja (5,6%) e feijão (2,2%).

Na indústria, o desempenho da atividade eletricidade e gás, água, esgoto e de gestão de resíduos, que cresceu 1,9% na comparação a 2018, foi o destaque positivo.

Com o crescimento de 1,6% em 2019, a construção civil registrou o primeiro resultado positivo após cinco anos seguidos de queda.

O consumo das famílias cresceu 1,8% e o consumo do governo caiu 0,4%. (Da Agência Brasil)

O DETALHAMENTO DO IBGE

Em 2019, o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 1,1% frente a 2018, após altas de 1,3% em 2018 e 2017, e de retrações de 3,5% em 2015 e 3,3% em 2016. Houve altas na Agropecuária (1,3%), na Indústria (0,5%) e Serviços (1,3%). O PIB totalizou R$ 7,3 trilhões em 2019.

O PIB per capita variou 0,3% em termos reais, alcançando R$ 34.533 em 2019. A taxa de investimento em 2019 foi de 15,4% do PIB, acima do observado em 2018 (15,2%). Já a taxa de poupança foi de 12,2% (ante 12,4% em 2018).

Frente ao 3º trimestre, na série com ajuste sazonal, o PIB teve alta de 0,5% no 4º trimestre de 2019. A Indústria e os Serviços apresentaram variação positiva de 0,2% e 0,6%, respectivamente, enquanto a Agropecuária recuou (-0,4%).

PIB TEM ALTA DE 1,1% EM 2019

Em 2019, o PIB teve crescimento de 1,1% em relação ao ano anterior. O crescimento do PIB resultou da expansão de 1,1% do Valor Adicionado a preços básicos e da alta de 1,5% no volume dos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação refletiu o desempenho das três atividades que o compõem: Agropecuária (1,3%), Indústria (0,5%) e Serviços (1,3%).

Em decorrência deste crescimento, o PIB per capita alcançou R$ 34.533, (em valores correntes) em 2019, um avanço (em termos reais) de 0,3% em relação a 2018.

A variação em volume do Valor Adicionado da Agropecuária no ano de 2019 (1,3%) decorreu do desempenho positivo tanto da agricultura quanto da pecuária, com destaque para o milho (23,6%), algodão (39,8%), laranja (5,6%) e feijão (2,2%).

Na Indústria (0,5%), o destaque positivo foi o desempenho da atividade Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, que cresceu 1,9% em relação a 2018. Já o destaque negativo foi das Indústrias Extrativas, que sofreram queda de 1,1%.

A Construção cresceu 1,6% no ano, sendo seu primeiro resultado positivo após cinco anos consecutivos de queda. As Indústrias de Transformação, por sua vez, apresentaram estabilidade (0,1%). O resultado foi influenciado, principalmente, pelo crescimento, em volume, do Valor Adicionado da fabricação de produtos de metal, de produtos alimentícios, de bebidas e produtos derivados do petróleo.

As atividades que compõem os Serviços e apresentaram variação positiva foram: Informação e comunicação (4,1%), Atividades imobiliárias avançou (2,3%), Comércio (1,8%), Outras atividades de serviços (1,3%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,0%) e Transporte, armazenagem e correio (0,2%). A atividade de Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,0%) se manteve estagnada no ano.

Entre os componentes da demanda interna, houve avanço do Consumo das Famílias (1,8%) e da FBCF (2,2%), segundo resultado positivo após uma sequência de 4 anos negativos. O Consumo do Governo teve variação negativa (-0,4%).

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços caíram 2,5%, enquanto as Importações de Bens e Serviços avançaram 1,1%.

PIB ATINGE R$ 7,3 TRILHÕES EM 2019

No acumulado do ano, o PIB em valores correntes totalizou R$ 7,3 trilhões, dos quais R$ 6,2 trilhões se referem ao VA a preços básicos e R$ 1,0 trilhão aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.

A taxa de investimento em 2019 foi de 15,4% do PIB, acima do observado em 2018 (15,2%). Já a taxa de poupança foi de 12,2% (ante 12,4% em 2018).

PIB CRESCE 0,5% EM RELAÇÃO AO 3º TRI DE 2019

O PIB cresceu 0,5% no 4º trimestre de 2019 na comparação com o trimestre imediatamente anterior (com ajuste sazonal). A Indústria e os Serviços apresentaram variação positiva de 0,2% e 0,6%, respectivamente, enquanto a Agropecuária recuou (-0,4%).

Dentre as atividades industriais, a alta foi puxada pelas Indústrias Extrativas (0,9%). As atividades de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (0,6%) e Indústrias de Transformação (0,3%) também apresentaram variações positivas. Já a Construção (-2,5%) se retraiu no período.

Nos Serviços, as atividades de Informação e comunicação (1,9%), Transporte, armazenagem e correio (1,2%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,9%), Outras atividades de serviços (0,8%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,8%), Atividades imobiliárias (0,3%) apresentam variações positivas, enquanto a atividade de Comércio (0,0%) se manteve estável.

Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo caiu 3,3%. Já a Despesa de Consumo das Famílias e a Despesa de Consumo do Governo cresceram, respectivamente, 0,5% e 0,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior.

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 2,6%, enquanto as Importações de Bens e Serviços caíram 3,2% em relação ao terceiro trimestre de 2019.

EM RELAÇÃO AO 4º TRI DE 2018, PIB AVANÇA 1,7%

Frente ao 4º trimestre de 2018, o PIB teve alta de 1,7%, o décimo-segundo resultado positivo consecutivo, após 11 trimestres de queda nesta base de comparação. O Valor Adicionado a preços básicos cresceu 1,6% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios subiram 1,9%.

A Agropecuária registrou variação positiva de 0,4% em relação a igual período do ano anterior.

A Indústria avançou 1,5%. O crescimento foi puxado pelas Indústrias Extrativas (3,4%) puxado pelo aumento da extração de petróleo e gás natural, já que a extração de minério de ferro continua caindo.

As Indústrias de Transformação (1,1%) foram puxadas pela alta de fabricação de produtos alimentícios, produtos derivados de petróleo e produtos de metal. A Construção cresceu 1,0% obtendo seu terceiro resultado positivo nessa base de comparação após queda por vinte trimestres consecutivos. A atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos por sua vez teve queda de 0,8% reflexo de bandeiras tarifárias em situação pior neste trimestre em relação ao mesmo do ano anterior.

Serviços subiu 1,6%, nessa comparação, com destaque para a expansão da atividade de Informação e comunicação (4,6%) e Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (3,0%). As demais também tiveram resultado positivo: Comércio (2,2%), Atividades Imobiliárias (1,5%), Outras atividades de serviços (1,5%), Transporte, armazenagem e correio (1,0%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,4%).

Entre os componentes da demanda interna, a Despesa de Consumo das Famílias (2,1%) e a Despesa de Consumo do Governo (0,3%) tiveram expansão, enquanto a Formação Bruta de Capital Fixo teve variação negativa (-0,4%) em relação a igual período do ano anterior.

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços caíram 5,1%, assim como as Importações de Bens e Serviços apresentaram variação negativa de 0,2% no 4° trimestre de 2019. (Do IBGE)

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