Welcton de Oliveira
DE PALMAS (TO)
Com os objetivos de prevenir a ocorrência de casos de Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis (EET) ou doença da vaca louca e estabelecer normas para aprimorar a situação sanitária do rebanho de bovinos no Tocantins, a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) instituiu, no Estado, por meio da Portaria n° 210/2018, a implantação do Programa Estadual de Prevenção e Vigilância da Encefalopatia Espongiforme Bovina (PEEEB), que desenvolverá ações de prevenção à doença.
Entre os objetivos do programa estão: evitar a entrada do agente da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) no Estado do Tocantins; aplicar medidas de mitigação de risco, no intuito de evitar eventual reciclagem e difusão do agente da EEB no Estado; manter um sistema de vigilância para detecção de animais infectados por encefalopatias espongiformes transmissíveis. As Unidades Veterinárias Locais da Adapec ficam responsáveis por executar a ações do PEEEB e enviar informações e dados sobre suas atividades à coordenação do programa, que responsável por estabelecer estratégias para execução das ações de prevenção e vigilância da EEB, no âmbito estadual.
O presidente da Adapec, Alberto Mendes da Rocha, disse que a implantação do programa é um passo a mais que o Tocantins está dando na defesa sanitária do seu rebanho. “O Ministério da Agricultura já tinha feito esta orientação à Adapec e estas questões relacionadas às Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis eram tratadas junto com o programa da raiva dos herbívoros, porém, agora, implantamos um programa específico, para melhorar a política de vigilância e defesa sanitária, relacionada a esta doença”, relatou.
Segundo o diretor de Defesa, Inspeção e Sanidade Animal da Adapec, Francisco Ramos, a Doença da Vaca Louca é uma encefalopatia espongiforme transmissível e neurodegenerativa fatal em bovinos e que pode ser transmitida ao ser humano por meio do consumo de carne infectada. “Ela é uma doença que não possui tratamento ou vacina, por isso, a melhor forma de prevenção é tomar os devidos cuidados com a alimentação dos animais, principalmente aqueles em confinamento”, explicou.
A TRANSMISSÃO
A principal forma de transmissão da EEB está associada ao uso de proteínas de origem animal, como por exemplo, farinha de carne e ossos na alimentação dos ruminantes. No Brasil, é proibido o uso de proteína animal na fabricação de ração para bovinos.
OS SINTOMAS
Os animais acometidos pela doença podem apresentar comportamento agressivo, nervosismo, dificuldade de coordenação, diminuição da produção de leite e perda de peso. A doença é fatal e o animal pode morrer entre duas semanas e seis meses após os sintomas.
O STATUS
O Brasil possui status sanitário de risco insignificante para EEB, desde 2013, segundo a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). (Da Adapec)
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