Autorizado a vender carne bovina para mais de 130 países e com 11º lugar no ranking nacional de número de bovinos, o Tocantins exportou em 2018 mais de 36 mil toneladas de carnes e subprodutos. Entre os principais importadores estão: Hong Kong, Chile, Egito e Emirados Árabes. A garantia da sanidade animal é um dos motivos para que o Estado celebre esses números.
Nesse sábado, dia 9, foi aberta oficialmente nova etapa de vacinação contra febre aftosa no Tocantins. A segunda etapa da vacinação iniciou no dia 1º de novembro e segue até o dia 30. Cerca de 4 milhões de bovídeos (bovinos e bubalinos) com idade entre zero e 24 meses deverão ser vacinados. O rebanho total conta com aproximadamente 8,5 milhões de animais.
ABERTURA OFICIAL
O governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, abriu oficialmente a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa, com a presença de produtores rurais, autoridades políticas, empresários e a comunidade em geral. O evento ocorreu na manhã deste sábado, 9, na Fazenda Bahia, localizada no município de Gurupi, região sul do Estado.
Mauro Carlesse após realizar a vacinação simbólica do animal exaltou o trabalho da defesa agropecuária e a importância de um rebanho sadio para atrair novos investidores.
"Tocantins está caminhando para que a partir de 2021 retire a vacina, isto prova que o trabalho está sendo executado com excelência em parceria com os produtores rurais, além de comprovar que o nosso gado tem qualidade pra chegar no mundo todo", disse o governador.
PRODUTORES RURAIS
O produtor rural e proprietário da Fazenda Nossa Senhora Aparecida, Irineu Hennilg, criador de gado há 18 anos na região de Sucupira, disse que sempre teve medo da febre aftosa por conta do impacto econômico causado pela restrição comercial de países importadores. “A doença sempre nos assombrou, todos esses anos me mantenho atento, vacinando o rebanho e incentivando meus vizinhos também. Estamos com o gado valorizado e isso é resultado da preservação da saúde do animal”, ressaltou.
Outro produtor rural que sabe muito sobre a importância da vacinação é o Senhor Antônio Martins, da Fazenda Javali. "Sou pecuarista há 49 anos, antigamente quando a doença existia era sofrimento. Hoje vejo a evolução sanitária como um grande aliado para nós produtores, sempre fui caprichoso com meu rebanho e sigo atento em todas as campanhas”, pontuou.
PRESIDENTE DA ADAPEC
O presidente da Adapec, Alberto Mendes da Rocha, falou sobre os avanços na Guia de Transito Animal (e-GTA) e também da declaração da vacinação que passaram a ser emitidas pelo próprio produtor rural, por meio da internet. Além disso, enfatizou a importância de investimentos e da participação assídua da cadeia produtiva para evolução do status sanitário para livre da doença sem vacinação.
“Evoluímos com a informatização de 100% dos municípios promovendo agilidade e comodidade com segurança. A parte sanitária está sendo mantida para garantir o crescimento da economia e abertura de novo mercados, bem como para o avanço do status sanitário livre da doença sem vacinação", ressaltou o presidente.
SUPERINTENDENTE DA AGRICULTURA
O superintendente Federal da Agricultura, Rodrigo Guerra, disse que a sanidade é essencial no mercado bovino e que o governo federal tem trabalhado forte para o avanço no setor. "Somos parceiros, temos o grande desafio para 2021, mas é preciso que até lá o produtor faça a sua parte e vacine os animais para conseguirmos alavancar ainda mais a pecuária", destacou.
SECRETÁRIO DA AGRICULTURA
O secretário da Agricultura, Pecuária e Aquicultura, César Halum, disse que a defesa agropecuária dá garantia ao fomento da produção e gera investimentos em todos os setores. "Incentivamos uma sanidade cada vez melhor, porque sabemos da sua importância no mercado interno e externo. Estamos caminhando para que em 2021 o Estado se torne livre da febre aftosa sem vacinação, será um grande passo para valorização e crescimento que beneficiará toda cadeia produtiva", avaliou. (Com informações da Adapec)
Deixe um comentário