Criada em 28/03/2021 às 11h16 | Pecuária

Políticas agrícolas e modelo de produção influenciam na crise do leite, analisa pecuarista Júnior Marzola, de Araguaína (TO)

“O modelo de tratar a vaca no cocho, comprando alimento farelado, é antieconômico”, afirma o produtor rural Júnior Marzola, em entrevista ao Norte Agropecuário no Rádio. Especialista no setor de pecuária leiteira, ele destaca que o ideal seria produção de leite com pasto irrigado.

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Júnior Marzola,pecuarista que atua no setor leiteiro, participou do Norte Agropecuário no Rádio deste domingo, na Jovem FM, de Palmas (TO): ex-deputado federal e que foi titular da Seagro analisou aspectos ligados ao segmento (foto: Seagro)


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Norte Agropecuário no Rádio deste domingo 

DANIEL MACHADO
DE BRASÍLIA (DF)

Pecuarista com longa experiência, ex-secretário estadual de Agricultura do Tocantins, Júnior Marzola, radicado em Araguaína (norte do Estado), destacou dois fatores que agravam, diretamente, a crise que os produtores rurais estão sofrendo: políticas agrícolas (nacionais e internacionais) e modelo de produção.

Marzola, em entrevista ao Norte Agropecuário no Rádio, destacou que essas duas pontas são interligadas. “Uma ponta são as políticas agrícolas. As políticas agrícolas, por se tratar de um produto de necessidade básica, que é o caso leite, todos os governos enxergam a demanda e procura”, ressaltou, ao explicar que têm muitos países que vendem leite em pó, ou produtos industrializados, que chegam em custos muito baixos e são comprados pelas redes municipal, estadual e federal de educação, atrapalhando o setor produtivo brasileiro.

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Por outro lado, segundo ele, está a escolha do modelo de produção. Ele citou que em cada região do Brasil há uma forma de produção diferente, o que também ocorre no Tocantins. “O modelo de tratar a vaca no cocho, comprando alimento farelado, é antieconômico”, explicou Marzola, ao ressaltar que não há, no momento, condições de comprar farelo de soja, sorgo e milho baratos.

O pecuarista, que explicou os três modelos diferentes adotados no Tocantins, aconselhou o uso de irrigação. Ele afirmou que se gasta cerca de R$ 15 mil por hectare, já contando com o adubo, a cerca elétrica e o bombeamento de água e permite ter até 20 de cabeças de gado se alimentando naquele espaço.

Marzola também ressaltou a importância da cadeia do leite para pequenos produtores, que sobrevivem da venda diária do produto e contou as peculiaridades de cada região do país, explicando, inclusive, as influências do clima.

 


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