Em dois anos o Tocantins viu “encolher” 4,18% o total de seu rebanho bovino. Em números reais, a queda do número do gado existente no Estado foi de 362.924 animais. Os números foram analisados pelo Norte Agropecuário com base nos resultados das campanhas de vacinação contra febre aftosa no território tocantinense.
Conforme a análise feita pelo Norte Agropecuário, com base nos dados divulgados pela Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec) referentes a primeira etapa da campanha de vacinação antiaftosa, em 2017 o Tocantins possuía 8.680.086 bovídeos. Já em 2019, de acordo com recente balanço divulgado pela mesma Adapec, o número atual é de 8.317.162.
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Por meio de sua assessoria de imprensa, a Adapec informou que o responsável técnico pelo Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa, João Eduardo Pires, classificou a queda como “mercadológica”. “Essa queda é mercadológica. Vendeu muito animal para fora do estado pela questão de baixa de impostos. Com isso, os preços ficam melhores para vender para fora do Estado do que para dentro. Além disso, muita fêmea foi abatida também, consequentemente impedindo nascimentos”, comentou.
PERDA PARA ECONOMIA
O presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes Bovinas, Suínas, Aves, Peixes e Derivados do Estado do Tocantins (Sindicarnes), Oswaldo Stival Júnior, reagiu com veemência após o Norte Agropecuário solicitar que avaliasse o tema. “Sem dúvida uma perda irreparável para a economia do Estado e para todos nós da cadeia produtiva. Infelizmente...”, ressaltou.
Stival Jr: "perda irreparável para a economia"
Segundo ele, o rebanho tem saído do Estado “por liminares (decisão judicial provisória) sem pagamento do imposto e por alíquota inferiores e pautas aquém do valor de mercado”. “São 8.300.000 milhões de cabeças de gado. Se fizermos uma conta simples que 60% deste rebanho é formado por fêmeas 5.000.000 milhões de cabeças e que 50% destas fêmeas estão em idade reprodutiva com uma taxa de produtividade de nascimento de 70%, teríamos que ter a mais todo ano 1.700.000 cabeças. E menos abate em entorno de 1.000.000 de cabeças ano, um acréscimo ao rebanho por ano de 700.000 cabeças”, completou.
RANKING DA PECUÁRIA
Os dados fornecidos pela Adapec e analisados pelo Norte Agropecuário apontam ainda mudança no ranking da pecuária bovina tocantinense. Araguaína, que ocupava a primeira colocação em 2018 com 237.591 bovinos, segundo levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), está em terceiro lugar. Atualmente, desta vez conforme dados fornecidos pela Adapec, a chamada capital do boi gordo tocantinense, tem 228.216 animais registrados. A primeira colocação do ranking do Estado é Araguaçu, com 365.904, seguida por Formoso do Araguaia, com 235.933.
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