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Vânia Machado
DE PALMAS (TO)
Tendo como principais atividades os plantios de milho e de cana-de-açúcar e a produção de gado confinado, a Agropecuária Campanelli, localizada na Fazenda Santa Rosa, no município de Altair (SP), foi um dos empreendimentos da cadeia da carne brasileira visitados pelo Norte Agropecuário durante o 13º Road-Show para Jornalistas e Influenciadores Digitais do Agro, organizado recentemente pela empresa Texto Comunicação Corporativa e parceiros.
Em entrevista ao Norte Agropecuário, Victor Campanelli falou como a tecnologia é fundamental para a manutenção da qualidade e produção. A fazenda Santa Rosa tem uma área total de 15 mil hectares, sendo que em 25 hectares, a empresa desenvolve a produção de bois para corte em escala industrial e contínua. A capacidade estática de confinamento é 18.500 bois, a terminação de gado é de cerca de 60 mil cabeças/ano, e o faturamento R$ 250 milhões.
“Aqui a gente tem muita tecnologia, desde a agricultura até à pecuária. Na agricultura hoje a gente tem mais de R$ 5 milhões investidos em piloto automático e GPS (sigla para Global Positioning System, que em português significa “Sistema de Posicionamento Global). Quase todas as máquinas que trabalham na agricultura, na cana e no milho, são autônomas ou semiautônomas. Temos 36 sistemas de piloto automático com GPS, então tem um grande investimento”, destaca Campanelli, lembrando que os operadores das máquinas agrícolas da propriedade são como pilotos de avião. “Ele acompanha tudo o que está acontecendo, mas quem toca a máquina de fato é o GPS.”
Nas plantações de cana-de-açúcar e milho, toda a adubação é feita por meto quadrado levando em conta a análise de solo daquele local. “Toda a adubação feita na cana de açúcar, toda adubação feita no milho é em taxa variável, a gente não aduba mais por hectare, é por metro quadrado. Cada lugar tem uma adubação baseada em análise de solo, a gente coloca naquele metro quadrado o que ele precisa, naquele outro é outra quantidade”, explica.
A AUTOMATIZAÇÃO
Na pecuária não é diferente, o confinamento conta com os sistemas automatizados desde a fabricação até à distribuição. “Tudo isso é linkado no nosso ERP (enterprise resource planning). Então se eu pegar esse lote aqui do lado e quiser fazer o DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) dele, eu faço o DRE e dentro dele eu tenho o fornecedor, os ganhos de peso, quanto comeu de ração e a rentabilidade individual desse lote. Tudo isso é automatizado, não tem nada de papel. Todo curral tem um sensor de RFID (identificação por radiofrequência). O caminhão passa, lê, joga a ração certa, a hora que volta para fábrica ele devolve tudo o que ele fez. Tudo isso vai pra dentro do RP e a gente tem a margem individual de cada lote.”
O ganho de peso também é monitorado através da pesagem individual e nutrição adequada. “A gente tem é o sistema da Bosch de pesagem individual que consegue calibrar nossas curvas de ganho. Todo animal a hora que vai beber água e vai comer ele é pesado. A parte de nutrição a gente usa muita tecnologia, muito conhecimento para fazer nutrição. Para usar os aditivos certos, a combinação de aditivo certo, a combinação mineral certa”, complementa.
PATAMAR ALTO
Para Campanelli, a agricultura brasileira alcançou patamares mais altos que a pecuária, mas o país já dispõe de boas iniciativas aliando pesquisa e tecnologia. “O jeito sertanejo de fazer agricultura e pecuária está ficando para trás. Eu acho assim que a agricultura foi para outro patamar antes da pecuária. Eu acho que a régua da pecuária está um pouco mais baixa que da agricultura. Mas a pecuária tem tanta gente fazendo coisas maravilhosas no Brasil, a gente é um dos projetos de certa forma bem sucedido. O Brasil tem recursos naturais e para fazer pecuária acho que não tem nenhum lugar no planeta que consegue chegar aos pés do Brasil”, concluiu.
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