Bem-estar do animal, lucratividade e qualidade da carne são prioridades para a indústria, diz veterinário sobre exportações de gado vivo

Em entrevista especial ao Norte Agropecuário no Rádio deste domingo, o médico veterinário Fernando Silveira abordou o tema que dominou o noticiário do agronegócio na semana passada: a polêmica que envolveu o transporte de 27 mil bovinos vivos do Porto de Santos para a Turquia. Decisão da Justiça motivada por pedido de uma ONG de proteção de animais chegou a impedir por alguns dias o embarque, que foi liberado posteriormente por determinação por Tribunal Federal. “Transporte de gado, de animais em geral, ocorre desde que o homem o domesticou. É parte do nosso cotidiano como civilização. Antes, era para fins de alimentação ou procriação. O que mudou foi o volume de animais. As proporções que cresceram muito. Neste caso, especificamente, são 27 mil animais”, disse.

O veterinário discutiu as condições de logística, o bem-estar do animal e a preocupação da indústria com a qualidade da carne que será consumida nos países que compram o produto brasileiro. Para ele, o bem-estar animal é um dos componentes mais importantes na produção de alimentos para a indústria. “Bem-estar do animal, lucratividade e qualidade da carne são prioridades para a indústria”, disse.

Hoje, conforme o médico, há técnicas e tecnologias que melhoraram as condições do transporte. Na opinião do veterinário, o Ministério da Agricultura, que regulamenta o transporte, deveria ter sido ouvido antes da decisão que impediu o navio de partir. “Todo o animal em transporte há certos riscos. Isso é minimizado com manejo adequado e equipe preparada. O embarque desses animais obedece criterioso conjunto de requisitos. Os navios são fabricados ou adaptados para isso.”

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