Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso vem sobretudo da maior demanda doméstica típica desse período do mês (pagamento dos salários). Além disso, a procura externa pela carne suína também segue aquecida.
Segundo este Centro de Pesquisas, a mudança de cenário se deve às recentes e intensas valorizações do cereal no mercado doméstico. Na parcial deste mês (até o dia 22), o suíno vivo é negociado à média de R$ 8,97/kg na região SP-5.
Enquanto os preços da proteína suinícola registram leves quedas, os da bovina e de frango se valorizam, com destaque para a carne de boi. No atacado da Grande São Paulo, a carcaça especial suína é comercializada à média de R$ 12,98/kg em outubro.
Pesquisadores do Cepea explicam que esse cenário decorreu das altas de preços do suíno vivo superiores às verificadas para os principais insumos utilizados na atividade (milho e farelo de soja), comparando-se as médias de agosto e setembro.
Segundo pesquisadores deste Centro, o resultado reflete a valorização do vivo superior à do milho e do farelo de soja. O movimento de alta do suíno, por sua vez, se deve à boa liquidez da carne e à menor disponibilidade de animais em peso ideal para abate, ainda conforme pesquisas.
A proteína suinícola se valorizou mais que as concorrentes, em relação a julho. A média da carcaça especial suína negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo foi de R$ 12,42/kg em agosto, forte elevação de 9,6% sobre o mês anterior.
Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso continua vindo da oferta restrita de animais em peso ideal para abate. Na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), a média da parcial de agosto (até o dia 27) está em R$ 8,39/kg.
Segundo pesquisadores do Cepea, os avanços são resultados da oferta reduzida de animais em peso ideal para abate e da forte procura por novos lotes por parte da indústria, que precisa atender às demandas interna e sobretudo, externa.
Cenário favorável ao suinocultor está atrelado às fortes altas nos preços médios de comercialização do animal vivo no mercado independente. Trata-se do sétimo mês consecutivo de aumento no poder de compra frente ao milho e o segundo em relação ao farelo de soja.
Com isso, os preços reagiram em grande parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Para a carne, agentes consultados pelo Cepea relatam melhora nas vendas, mas certa resistência por parte de compradores em aceitar os repasses dos aumentos do animal vivo aos cortes.