O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.
A alta no preço doméstico foi limitada pelo avanço na semeadura da safra 2024/25 na América do Sul, pela proximidade da finalização da colheita no Hemisfério Norte e pela desvalorização do dólar frente ao Real.
Segundo pesquisadores do Cepea, o aumento nos preços dos ovos foi influenciado pela demanda, que se recuperou no início de outubro, elevando as cotações na primeira quinzena e, consequentemente, a média mensal, e pela redução da oferta, devido ao descarte das poedeiras mais velhas.
Apesar de o preço do leite pago ao produtor acumular avanço real de 36,4% desde o início de 2024, a média de janeiro a setembro deste ano (de R$ 2,58/litro) é 4,7% inferior à do mesmo período de 2023.
Pesquisadores do Cepea indicam que, de modo geral, o mercado de ovos está mais calmo, e agentes têm concedido descontos em negociações de cargas maiores, a fim de evitar o acúmulo de estoques.
Segundo dados do IBGE, em 2023 a produção nacional alcançou 35,37 bilhões de litros de leite, com presença em todos os estados brasileiros. A amplitude geográfica reflete a adaptação dos sistemas de produção frente às diferentes realidades climáticas e econômicas observadas no País.
Segundo este Centro de Pesquisas, o impulso veio da menor oferta do produto tipo extra e da recuperação da demanda. Colaboradores do Cepea relataram que o descarte de poedeiras mais velhas influenciou na redução da oferta doméstica dos ovos tipo extra, que esteve elevada nos últimos meses.
Ultimamente, o Brasil tem exportado cada vez mais mudas e bulbos, enquanto o embarque de flores cortadas vem retraindo. Esse movimento deve-se ao aumento significativo nos custos de produção, incluindo insumos como substratos, defensivos, fertilizantes.
Segundo a equipe da revista Hortifruti Brasil, o impulso às importações vem das grandes aquisições externas de frutas que não são muito produzidas no Brasil. Quanto às hortaliças, segundo o Comex Stat, a balança continua deficitária, já que o Brasil é “importador líquido” desses produtos.
Apesar de o preço do leite pago ao produtor acumular avanço real de 32% desde o início de 2024, a média de janeiro a agosto deste ano (de R$ 2,53/litro) é 8,4% inferior à do mesmo período de 2023.