Criada em 24/02/2022 às 09h46 | Negócios

Produção brasileira de peixes de cultivo foi 4,7% maior em 2021

O estudo da PeixeBR aponta que ano a ano a atividade supera o cenário macroeconômico complexo e mantém média de crescimento de 5,6% desde 2014, ano que marca a criação da associação. Resultado representa crescimento de 4,7% sobre a produção de 2020 (802.930 t).

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O Brasil produziu 841.005 toneladas de peixes de cultivo (tilápia, peixes nativos e outras espécies), em 2021. Esse resultado representa crescimento de 4,7% sobre a produção de 2020 (802.930 t). (Foto: Divulgação)

O Brasil produziu 841.005 toneladas de peixes de cultivo (tilápia, peixes nativos e outras espécies), em 2021. Esse resultado representa crescimento de 4,7% sobre a produção de 2020 (802.930 t).

O estudo da Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR) aponta que ano a ano a atividade supera o cenário macroeconômico complexo e mantém média de crescimento de 5,6% desde 2014, ano que marca a criação da PeixeBR e o início da apuração de dados estatísticos sobre a piscicultura brasileira pela associação.

“A piscicultura representa a atividade de produção animal que mais cresce nos últimos anos. Obviamente que isso decorre do consumo ainda baixo (menos de 5 kg por habitante ao ano), mas também das características dos peixes de cultivo em termos de qualidade e segurança. A atividade é extremamente profissional, trabalha com boas práticas e utiliza modernas tecnologias em genética, sanidade, nutrição e equipamentos”, ressalta Francisco Medeiros, presidente executivo da Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR).

Um milhão de produtores

Segundo monitoramento da entidade, a piscicultura envolve mais de 1 milhão de produtores, gera cerca de 1 milhão de empregos diretos e outros 2 milhões indiretos e, em 2021, movimentou R$ 8 bilhões.

A piscicultura foi diretamente impactada pela elevação dos insumos e matérias-primas para alimentação animal. Além dos macroingredientes (milho e farelo de soja), destaque para os microingredientes importados, que subiram em dólar e enfrentaram problemas de abastecimento regular durante diferentes períodos do ano.

No mercado interno, a manutenção dos elevados níveis de desemprego e a consequente redução do poder de compra da população também dificultaram a comercialização de peixes com rentabilidade aos produtores, especialmente em estados das regiões Norte e Nordeste.

“Não foi um ano fácil para os produtores de peixes de cultivo. A realidade foi muito diversa nos estados. Alguns mercados encontraram formas de manter ou até elevar os níveis de comercialização e outros enfrentaram mais dificuldades. A pandemia foi decisiva para este cenário, assim como foi – e está sendo – para a economia brasileira como um todo”, explica Francisco Medeiros, presidente executivo da Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR).

Entre os pontos positivos do ano, o presidente executivo da PeixeBR destaca o crescimento das exportações e também o contínuo investimento das empresas verticalizadas em novos produtos para incentivar o consumo.

Em 2021, a piscicultura brasileira produziu 534.005 toneladas de tilápia, com crescimento de 9,8% sobre o ano anterior (486.255t). A espécie representou 63,5% da produção de peixes de cultivo como um todo, comprovando sua viabilidade para as condições brasileiras. Foram produzidos 262.370 t de peixes nativos (31,2% do total), com recuo de 5,85% em relação a 2020. A questão ambiental, a falta de programas oficiais de apoio ao cultivo e dificuldades de mercado foram decisivos para esse desempenho do segmento.

As outras espécies (carpas, trutas e pangasius) foram responsáveis por 5,3% da produção total de 2021, atingindo 44.585 toneladas: +17% sobre o resultado do ano anterior, comprovando o potencial do pangasius para o clima brasileiro. (Da Texto Assessoria)

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