Criada em 05/01/2021 às 16h47 | Negócios

Agro vende ao exterior US$ 45,27 bilhões em 2020; crescimento é de 6%; importações caíram 3,9%, totalizando US$ 4,2 bilhões

No acumulado do ano, houve crescimento de 6% nas exportações de Agropecuária, somando US$ 45,27 bilhões. Já as importações recuaram 3,9%, em 2020, somando US$ 4,12 bilhões. A soja, com crescimento de 10,5%, é o carro-chefe das vendas externas do campo.

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Brasil vendeu ao exterior no ano passado US$ 28 bilhões em soja (foto: Agência Brasil/Paulo Whitaker/Reuters)


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Economia sobre os dados da balança comercial brasileira. 

 

A balança comercial fechou o ano de 2020 com superávit de US$ 50,99 bilhões, um crescimento de 7% em relação ao ano passado, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (4/1) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia (Secex/ME). As exportações somaram US$ 209,92 bilhões, recuando 6,1%, enquanto as importações totalizaram US$ 158,93 bilhões, diminuindo 9,7%, na mesma comparação. Com isso, a corrente de comércio brasileira atingiu US$ 368,85 bilhões, em queda de 7,7%.

Segundo o secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz, o padrão de comércio mundial em 2020, sobretudo no caso brasileiro, foi em muito guiado pelo ritmo de recuperação das maiores economias do mundo. “A forte resiliência das exportações brasileiras foi, em muito, influenciada pelo ritmo de recuperação da região asiática, sendo o maior impacto negativo verificado em janeiro. Este padrão difere do observado no resto do mundo, onde o volume exportado é mais duramente atingido e a recuperação ocorre a partir de maio”, comentou o secretário, durante a apresentação dos números.

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Já o perfil dos volumes importados sugere que a queda da atividade econômica ocorreu mais tardiamente no Brasil, em comparação com o resto do mundo. Por outro lado, destacou Ferraz, a velocidade de recuperação é claramente mais rápida no Brasil. “De julho a outubro, o ritmo da recuperação brasileira é equivalente ao ritmo observado no resto do mundo, mas para um período mais amplo – no caso, aqui, de maio a outubro”, explicou.

Considerando só o mês de dezembro, comparado a igual mês do ano anterior, as exportações caíram 5,3% e somaram US$ 18,37 bilhões. Já as importações cresceram 39,9% e totalizaram US$ 18,41 bilhões. Assim, a balança comercial registrou déficit de US$ 0,04 bilhão, com queda de 100,7%, e a corrente de comércio aumentou 13%, alcançando US$ 36,77 bilhões.

Do lado das importações, o resultado de dezembro foi influenciado pela entrada no país de cinco plataformas petrolíferas, que representaram um crescimento de 11.212,3% nesse item em relação ao mesmo mês do ano passado, puxando para 39,9% o crescimento das compras no período. Sem as plataformas, esse crescimento seria de apenas 4% nas importações e haveria superávit de US$ 4,7 bilhões no mês. “Isso motivou o déficit em dezembro, o que não acontecia desde 2000”, explicou o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão.

Setores

No acumulado do ano, houve crescimento de 6% nas exportações de Agropecuária, somando US$ 45,27 bilhões, enquanto as vendas da Indústria Extrativa (-2,7%) e da Indústria de Transformação (-11,3%) recuaram, registrando US$ 48,85 bilhões e US$ 114,90 bilhões, respectivamente.

Já as importações de Agropecuária recuaram 3,9%, em 2020, somando US$ 4,12 bilhões. A queda chegou a 41,2% na Indústria Extrativa, com US$ 6,48 bilhões, e ficou em 7,7% na Indústria de Transformação, que alcançou US$ 147,75 bilhões.

Parceiros comerciais

Em meio à pandemia do novo coronavírus, as vendas para China, Hong Kong e Macau cresceram 7,3% em 2020 e atingiram US$ 70,08 bilhões. As importações caíram 2,7% e totalizaram US$ 34,64 bilhões, o que resultou em superávit de US$ 35,44 bilhões, com corrente de comércio somando US$ 104,72 bilhões, em alta de 3,8%.

Houve recuo de 27,2% nas exportações para os Estados Unidos, que chegaram a US$ 21,46 bilhões, enquanto as importações caíram 19,2% e totalizaram US$ 24,12 bilhões. Dessa forma, neste período, a balança comercial para este país apresentou déficit de US$ 2,66 bilhões e a corrente de comércio diminuiu 23,2%, chegando a US$ 45,58 bilhões.

As vendas para a União Europeia caíram 13,3% e chegaram US$ 28,33 bilhões no ano. As importações caíram 12,9% e totalizaram US$ 26,82 bilhões, resultando superávit de US$ 1,52 bilhão, com corrente de comércio de US$ 55,15 bilhões, em queda de 13,1%.

Já as vendas para a Argentina diminuíram 12,7%, neste ano, totalizando US$ 8,48 bilhões, enquanto as importações do país vizinho caíram 25,6%, chegando a US$ 7,79 bilhões. Com isto, a balança comercial com a Argentina teve saldo positivo de US$ 0,69 bilhão, com corrente de comércio de US$ 16,26 bilhões, uma redução de 19,4%.

Previsão

Para 2021, a Secex prevê que as exportações chegarão a US$ 221,1 bilhões, um crescimento de 5,3% em relação a 2020. Para as importações, a estimativa é de US$ 168,1 bilhões, com aumento de 5,8%. Assim, o saldo deve ficar em US$ 53 bilhões, crescendo 3,9%, enquanto a corrente de comércio prevista alcança US$ 389,2 bilhões, crescendo 5,5%.

Principais produtos

A soja, com crescimento de 10,5%, é o carro-chefe das vendas externas do campo. Foram comercializados US$ 28 bilhões só da oleaginosa; o café, que avançou quase 10% e obteve faturamento próximo de US$ 5 bilhões; e o arroz, com receita menos expressiva, de US$ 140 milhões, mas crescimento de mais de 90% nas exportações.

Outros produtos que se destacaram foram o algodão, que avançou 23% nas vendas ao exterior em 2020 e ultrapassou a marca de 2 milhões de toneladas exportadas. A carne bovina faturou quase US$ 7,5 bilhões e embarcou mais de 1,7 milhão de toneladas, enquanto a carne suína teve grande crescimento percentual de mais de 43% e envio de cerca de 900 mil toneladas.

Os açúcares e melaços tiveram o maior aumento percentual do ano: 71,33%, com cerca de 31 milhões de toneladas exportadas. A arrecadação com a venda de açúcar à China aumentou 600% em 2020. Já as vendas de carnes suína e bovina mostram que o país asiático ainda se recupera dos efeitos da peste suína africana. Por lá, o apetite pela soja também segue em crescimento. Aos Estados Unidos, o destaque foram as vendas de sucos naturais e café. Para a União Europeia, houveram bons aumentos nas exportações de soja e café. (Da Comunicação do Ministério da Economia e com informações do Canal Rural)

 


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