Criada em 23/07/2019 às 06h09 | Agronegócio

Em manifesto, Aprosoja Brasil e de 16 Estados refutam tese de ONGs e garantem produção sem prejudicar cerrado no Matopiba

Segundo associações, o documento é resposta à ofensiva de ONGs e membros da cadeia europeia e foi idealizado após a realização do seminário “Soja Responsável – Produzindo Com Sustentabilidade Ambiental” no dia 15 de julho, na Assembleia Legislativa do Estado, em Palmas (TO).

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Aprosoba Brasil e de 16 Estados atestam que “a área de soja no Cerrado do MATOPIBA pode dobrar sem ameaçar a preservação do bioma, ao contrário do que vociferam europeus e suas ONGs” (foto: Aprosoja Brasil/Divulgação)

Dirigentes da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) e de entidades de 16 Estados brasileiros divulgaram manifesto na defesa da produção sustentável no bioma cerrado no Matopiba . Na chamada “Carta de Palmas – Soja Responsável” direcionada ao poder público nacional e internacional, instituições financeiras, traders e empresas que adquirem soja do Brasil, bem como instituições financeiras, os sojicultores reafirmam que “a área de soja no Cerrado do MATOPIBA pode dobrar sem ameaçar a preservação do bioma, ao contrário do que vociferam europeus e suas ONGs”.

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O documento foi idealizado após a realização do seminário “Soja Responsável – Produzindo Com Sustentabilidade Ambiental” no dia 15 de julho, na Assembleia Legislativa do Estado, em Palmas (TO). “O evento é uma resposta à ofensiva recente de ONGs e membros da cadeia europeia importadora de soja, consolidada na Declaração de Roterdã, bem como declaração da empresa Cargill, que investirá US$ 30 milhões para evitar o desmatamento do bioma Cerrado na região do MATOPIBA ”, aponta o documento.

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Na carta, a Aprosoja Brasil e as suas representações nos Estados embasam os argumentos nos dados divulgados pela Embrapa Territorial, segundo os quais, “se evidenciou que aproximadamente 30% do MATOPIBA é destinado à preservação da vegetação nativa dentro das propriedades rurais”. “Somado a isso, cerca de 10% dessa área é protegida por lei por meio de Unidades de Conservação e Terras indígenas. Significa que 40% deste território já está, de alguma forma, protegido ou preservado pelas leis e pelo código florestal brasileiro”, afirmam no documento.

Em um dos cinco tópicos em que argumentam os dados sobre produção sustentável, as entidades afirmam que a chamada moratória “trata-se de peça publicitária internacional que prejudica muito a imagem dos sojicultores brasileiros, indo na direção oposta ao que o atual Governo Federal intenta fazer, que é promover a sustentabilidade do Agro nacional no exterior”. E mais: “O Cerrado do MATOPIBA está 72% preservado, sendo que a agricultura ocupa apenas 5% de sua área, enquanto que a soja abrange 3% da área originalmente ocupada pelo bioma na região”.

OS ENCAMINHAMENTOS

Entre os encaminhamentos, as Aprosojas apontam que “o discurso de que os produtores de soja colocam em risco a preservação do meio ambiente no Brasil é um discurso irresponsável e desprovido de argumentos válidos”. As associações sustentam ainda que “a soja brasileira é a mais sustentável do mundo, seja devido às boas práticas agrícolas, seja porque o sojicultor brasileiro é o único no mundo que preserva vegetação nativa em suas propriedades, carregando um custo de toda a sociedade, sem perder competitividade”.

Na carta, é reforçada a tese, segundo a qual, “os produtores de soja brasileiros são em sua totalidade contra o desmatamento ilegal” e que “os produtores de soja não negociam com organizações não-governamentais”.

Ao finalizar o documento, os produtores conclamam todos a contribuir com projetos de sustentabilidade como a Soja Plus, a iniciativa da cadeia da soja do ativo florestal e a promoção da sustentabilidade da soja nos países europeus que compõem a Declaração de Roterdã.

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