Criada em 16/02/2022 às 19h01 | Agronegócio

Riquezas produzidas pelos empreendedores rurais do Estado do Tocantins são estimadas em mais de R$ 17,1 bilhões

As lavouras representam a maior parte do VBP tocantinense. Devem fechar o ano em R$ 11.771.506.842. Já a pecuária é estimada em R$ 5.413.571.795. Carro-chefe da produção agrícola tocantinense, a soja tem Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de R$ 8.141.537.905.

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Na 14ª colocação do ranking nacional, a mais recente estimativa do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Tocantins aponta que as riquezas do campo do Estado são avaliadas em mais de R$ 17,1 bilhões. Em números exatos: R$ 17.185.078.636. O montante é um menor que o registrado no ano passado (R$ 19.219.241.336). A diferença, para menos, é de mais de R$ 2,034 bilhões.

Os dados fazem parte de estudo divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em nível nacional. Com exclusividade, o Norte Agropecuário copilou os números referentes ao território tocantinense.

LAVOURAS

As lavouras representam a maior parte do VBP tocantinense. Devem fechar o ano em R$ 11.771.506.842. No ano passado registraram R$ 13.632.331.406. Carro-chefe da produção agrícola tocantinense, a soja tem VBP de R$ 8.141.537.905. O valor é menor que no ano passado, que registrou R$ 9.826.023.093.

Depois vem o milho, que tem VBP estimado em R$ 1.490.955.900 este ano (em 2021 foi de R$ 1.593.399.677). Já o arroz tem estimativa de R$ 1.140.732.725, também um pouco menor que no ano passado, que foi de R$ 1.267.451.934.

PECUÁRIA

Já a pecuária é estimada em R$ 5.413.571.795 (em 2021 foi de R$ 5.586.909.930). A pecuária bovina é, disparada, a responsável por esses números. Em 2022 tem estimativa de R$ 5.084.787.281, contra R$ 5.235.607.739 do obtido no ano passado.

O VBP

O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária no decorrer do ano, correspondente ao faturamento dentro do estabelecimento. É calculado com base na produção agrícola e pecuária e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do país dos 26 maiores produtos agropecuários nacionais.

O valor real da produção é obtido, descontada da inflação, pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A periodicidade é mensal com atualização e divulgação até o dia 15 de cada mês.

NÚMEROS NACIONAIS

A estimativa do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2022, com base nas informações de janeiro, é de R$ 1,204 trilhão, 4,3% maior em relação ao ano passado (R$ 1,154 trilhão). O crescimento do valor das lavouras foi de 10,3% e a pecuária teve retração de 8,6%. A contribuição das lavouras ao VBP é de 72%, e da pecuária, 28%.

Um conjunto amplo de produtos mostra contribuição favorável para o crescimento da agropecuária neste ano. As expectativas de produção são boas em geral, e os preços são favoráveis para muitos produtos, como algodão, café, amendoim, cana-de-açúcar, laranja e milho. Destacam-se algodão com crescimento real do VBP de 35,1%, amendoim 14,2%, banana 16,9%, café 64,1% cana-de-açúcar 31,6%, laranja 7,0%, milho 21,9%, e tomate, 21,4%. Esses resultados, até mesmo excepcionais de alguns produtos, coloca esse grupo em grande destaque, como responsável por puxar o crescimento neste ano.

Contribuições negativas, porém, têm sido observadas em arroz, batata-inglesa, cacau, soja e uva, que vêm tendo redução de quantidades produzidas e de preços. Alguns destes, como arroz e soja, sofreram influência direta das secas no Sul.
Com resultados menos favoráveis, a pecuária apresenta uma retração no crescimento, observada em carne bovina, frangos, suínos e ovos. As retrações mais fortes ocorrem em carne suína e de frango, com preços em nível mais baixo do que em 2021.

SECA NO SUL

Os resultados regionais do VBP mostram alguns impactos da seca ocorrida no Sul, que atingiu principalmente o Rio Grande do Sul e o Paraná. As lavouras mais afetadas foram a soja e milho, embora haja também um impacto nas criações, devido à redução da oferta de alimentos. Mesmo as áreas irrigadas sofreram o impacto, como as lavouras do arroz. No Rio grande do Sul, onde predomina o arroz irrigado, a queda de produção foi de 10,3%. Nas lavouras de milho a redução de produção foi de 32,0%, e da soja, 33,9%, segundo a Conab.

No Paraná, a produção das lavouras também teve redução. A soja teve uma quebra dada pela diferença entre 19,8 milhões de toneladas em 2021 para 13,2 milhões em 2022, por sua vez, o VBP desse produto caiu de R$ 87,5 bilhões para 83,7 bilhões.

O Paraná, que ocupava o segundo lugar no ranking dos valores do VBP por estado, cedeu lugar a São Paulo, que obteve melhoria devido aos bons resultados de cana-de-açúcar, café e laranja. O pior desempenho que vem ocorrendo no Paraná deve-se também aos resultados da pecuária, que mostram forte redução neste ano, principalmente carne de frango. (Com informações do Mapa)

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