Localizado a 127 km de Presidente Prudente, no oeste paulista, o município de Panorama, às margens do Rio Paraná, é um dos 12 do Estado responsáveis por mais de 75% da produção aquícola paulista em 2020, o dado mais recente. A informação integra estudo da Embrapa Territorial (Campinas, SP), com uma análise temporal e da dinâmica espacial da atividade aquícola em São Paulo, a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Conforme o estudo, a cidade é a oitava do ranking de 2020, o número mais recente do estudo. Panorama produziu 2.050 toneladas em 2020. No ano anterior, 1.880t, o mesmo número de 2018. Já em 2017 foram 1.800t. E, em 2016, registrou 1.970t.
Com 900 toneladas, em 2016, Rancharia aparecia na décima-terceira posição. Depois desse ano, não houve mais registros relacionados ao município, de acordo com o levantamento.
São Paulo
O estado ocupa o segundo lugar no ranking da aquicultura nacional, com produção crescente. A tilápia é destaque, respondendo por 93% da produção local.
A concentração é alta e variou pouco no intervalo entre 2016 e 2020. Nesse período, os municípios que estão sempre entre os maiores produtores são: Santa Fé do Sul, Rifaina, Santa Clara d'Oeste, Sud Mennucci, Zacarias, Juquiá, Fartura, Panorama, Rubinéia, Caconde e Ilha Solteira.
Os principais
No ano 2020, mais recente analisado, 167 dos 645 municípios paulistas registraram alguma produção aquícola. No entanto, Santa Fé do Sul respondeu, sozinha, por 19% das 55.039 toneladas produzidas. Os 12 municípios que respondem por 75% da produção estão dispersos pelo território paulista, a maior parte deles próximos do Rio Tietê, Rio Paraná e Rio Grande. Há uma pequena concentração no Noroeste, onde há uma área contínua, formada por Ilha Solteira, Rubinéia, Santa Fé do Sul e Santa Clara d’Oeste.
O analista Marcelo Fernando Fonseca, da Embrapa Territorial, explica que a primeira questão a ser respondida pelo trabalho era se havia concentração espacial da produção no estado que ocupa a segunda posição no ranking nacional.
Os dados apontaram que há concentração e o estudo mostrou onde estão as principais áreas produtoras no território paulista. Para Fonseca, essas informações podem nortear políticas públicas e investimentos, para infraestrutura de suporte à produção e escoamento, por exemplo. (Com informações de Vivian Chies, da Embrapa Territorial).
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