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Meat Day foi realizado sábado, dia 6, em Miranorte (imagens: Teixeira Fotografia/Gurupi)

Sindicarnes-TO defende união da cadeia da pecuária para melhorar remuneração ao produtor e obter acesso a outros mercados exigentes

Oswaldo Stival Júnior detalha na palestra "Demandas e desafios para a exportação de carnes do Tocantins", verdadeiro raio-X da produção no Estado.

CRISTIANO MACHADO - NORTE AGROPECUÁRIO - DE MIRANORTE (TO)

Publicado em:

08/12/2025 - 12:12



Em palestra realizada no 3º Meat Day, em Miranorte (TO), o presidente do Sindicarnes-TO (Sindicato das Indústrias de Carnes Bovinas, Suínas, Aves, Peixes e derivados do Estado do Tocantins), Oswaldo Stival Júnior, abordou  as demandas e desafios para a exportação de carnes do Tocantins.


“Toda a cadeia produtiva da carne do Estado deve se unir. Desde o produtor, responsável por fornecer a matéria-prima, ou seja, a carne de qualidade, até o frigorifico, a indústria transformadora que envia o produto terminado para os mercados”, disse o agroindustrial, que preside também Fundeagro-TO (Fundo Privado de Defesa Agropecuária do Tocantins) e o grupo Cooperfrigu Alimentos, em Gurupi (TO). “Alguns desses mercados mais exigentes em termos de qualidade. Com essa união, a remuneração é melhor também para o produtor, pois mercados mais exigentes, por exemplo, pagam melhor por alguns cortes”, complementou.


Ele apresentou dados sobre vendas externas, diferença do pagamento de mercados pela carne tocantinense, a movimentação do rebanho nos últimos anos, e a capacidade da indústria frigorífica do Estado, sua ociosidade e dados de exportação em quantidade e valores.


Ociosidade dos frigoríficos


Na palestra, Stival informou que a capacidade instalada dos frigoríficos é de abater 2,2 milhões de cabeça por ano. Porém, em 2024 foram 1.579.644, ou seja, uma ociosidade média de 28%. Já até novembro de 2025 abateu 1.372.470 animais (ociosidade 31.27%). "Com mais abate, poderíamos vender mais para os mercados interno e externo. E vender mais significa pagar mais para o produtor, aumentar os empregos na indústria frigorífica, gerando o desenvolvimento socioeconômico em todo o Estado", comentou.


Variação de preço


Ao citar que mercados mais exigentes pagam melhor por alguns cortes, ele exemplificou. O quilo fo filé mignom, por exemplo, atual é vendido a US$ 11,00. Já na exportação futura, o preço é de US$ 29, uma diferença de 264%. Já o contra filé varia de US$ 7,00 para US$ 19,00 (diferença de 253%). Coxão mole, de US$ 6,6 para US$ 10,50 (160%) e coxão duro, de US$ 6,30 para US$ 10,00 (160%).


Exportações


Com rebanho bovino de 11,3 milhões, o Estado vendeu ao exterior até setembro deste ano 98 mil toneladas. A projeção para o ano é de 131 mil toneladas, um crescimento de 27% em relação a 2024. 


Em todo o ano de 2024 (se considerado o rebanho de 11,45 milhões) foram exportados 109 mil toneladas, um crescimento de 17%.  Enquanto em 2023 (11,1 milhões de rebanho) foram 93.123 toneladas vendidas ao exterior.


Movimentação de rebanho


Em 2024, foi registrada a saída de 921.640 bovinos do Estado. Neste ano, até novembro, foram 1.091.834 animais.


Meat Day


Com o tema “Origem Rastreada, Qualidade Comprovada”, o evento foi realizado sábado, 6, na Fazenda Bacaba (Agrojem), em Miranorte, do grupo Agrojem, reunindo aproximadamente 550 pessoas entre produtores, técnicos, especialistas e representantes de instituições públicas e privadas.


A programação contou com palestras sobre genética, manejo, cria, recria e engorda, nutrição, rastreabilidade, exportação, mercado da carne e apresentação de casos de sucesso de produtores que alcançaram padrão elevado de qualidade.

 





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