O presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Carnes Bovinas, Suínas, Aves, Peixes e Derivados (Sindicarnes), Oswaldo Stival Júnior, disse que a entidade que representa os frigoríficos está atenta a decisões que atendam apenas um setor da cadeia produtiva. “Sindicarnes está atento às decisões que atendam somente um elo da cadeia sem analisar todos integrantes”, disse ao Norte Agropecuário.
Ao avaliar o movimento de pecuaristas do norte do Tocantins de “abate zero” no Tocantins por preços abaixo de R$ 130 a arroba, a entidade reivindica discussão mais ampla. “A crise e o consumo caindo não dependem do setor. Os preços do boi não estão em baixa só no Tocantins, mas em vários Estados do Brasil”, disse Stival.
Os produtores fizeram um pacto de não vender para frigoríficos a menos de R$ 136 a arroba do boi. E mais: reivindicam do governo do Estado redução do ICMS do boi para outros Estados de 7% para 3%. “As indústrias instaladas no Estado têm capacidade de abater 2.000.000 cabeças/ano e só abate 900.000 cabeça/ano por falta de matéria-prima. Se falta como podemos concordar com a saída de mais animais acabados para abate do Estado? Creio que 55% de ociosidade das indústrias não é possível”, finalizou.
DISCUSSÃO ANTIGA
Representante dos frigoríficos, o Sindicarnes vem há algum tempo discute com governo do Estado a necessidade de ajustes fiscais no Tocantins. “A crise hoje é nacional e todos estamos sofrendo as consequências. Nós das indústrias frigoríficas do Tocantins estamos fazendo ações para não ter que reduzir o quadro de servidores ou até mesmo fechar”, disse Stival em junho de 2015, durante assembleia da diretoria.
Meses antes, em fevereiro do mesmo ano, Stival havia cobrado do governo do Estado em audiência com o governador Marcelo Miranda a criação de uma política de proteção à indústria da carne no Tocantins. Entre as reivindicações, duas delas consideradas primordiais: valor da alíquota de ICMS na comercialização do boi vivo e valor da contribuição das empresas para o Fundo de Desenvolvimento Econômico (CDE) do Estado.
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mais animais acabados pra abate do Estado?" (foto: Arquivo)
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