CRISTIANO MACHADO
DE PALMAS
Responsável pelo órgão do governo estadual que controla e fiscaliza a defesa sanitária animal e vegetal do Tocantins, o médico veterinário Humberto Camelo considera que as revelações da operação Carne Fraca são “fatos isolados”.
Para ele, que preside a Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec), a indústrias do Tocantins não devem sofrer prejuízos com os impactos da ação da Polícia Federal. “As plantas frigoríficas do Tocantins não foram citadas na Operação Carne Fraca”, disse, em entrevista ao Norte Agropecuário neste domingo, 19.
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O gestor faz questão de tranquilizar o consumidor tocantinense sobre o trabalho de inspeção estadual. “Os consumidores tocantinenses pode ficar tranquilos, pois exigimos um controle rígido de qualidade nas empresas registradas no Serviço de Inspeção Estadual (SIE)”, declarou.
“Contamos com inspetores agropecuários qualificados tecnicamente, que atuam na coibição da venda de produtos clandestinos, e ainda internamente dentro das indústrias, de modo a verificar se realmente está ocorrendo a produção de um alimento de qualidade, visando à promoção da saúde do consumidor”, complementou.
Confira os principais trechos da entrevista do presidente da Adapec:
Norte Agropecuário - Apesar da operação Carne Fraca não ter detectado nenhum problema em unidades do Tocantins, o governo pretende tomar alguma medida em relação ao fato já que há pelo menos uma indústria de uma das empresas alvo da investigação (Friboi/JBS, de Araguaína)?
Humberto Camelo: Esclarecemos que por ser um frigorífico habilitado no Serviço de Inspeção Federal (SIF), a fiscalização da empresa Friboi/JBS de Araguaína, é de responsabilidade do Ministério da Agricultura.
Norte Agropecuário - Órgãos de controle sanitário dos EUA e Europa cobraram explicações ao Brasil. O governo do Estado teme prejuízos para unidades do Tocantins que recentemente adquiriram direito de exportar seus produtos e outras que buscam habilitação? Qual o risco?
Humberto Camelo: Entendemos que o Serviço de Inspeção do Brasil é um dos mais sérios e competente do mundo e que essa operação se trata de um fato isolado. Acreditamos que o MAPA junto ao mercado internacional e nacional dará uma resposta rápida para evitar maiores prejuízos para exportações brasileiras. Cremos ainda que não haverá prejuízos ao nosso Estado, já que as plantas frigoríficas do Tocantins não foram citadas na Operação Carne Fraca.
Norte Agropecuário – O governo do Estado pode atestar, óbvio no âmbito estadual, a sanidade e o comprometimento com a qualidade dos produtos tocantinenses e das industrias aqui instaladas? Qual o risco para os consumidores?
Humberto Camelo: Os consumidores tocantinenses pode ficar tranquilos, pois exigimos um controle rígido de qualidade nas empresas registradas no Serviço de Inspeção Estadual (SIE), conforme a legislação estadual. Contamos com inspetores agropecuários qualificados tecnicamente, que atuam na coibição da venda de produtos clandestinos, e ainda internamente dentro das indústrias, de modo a verificar se realmente está ocorrendo a produção de um alimento de qualidade, visando à promoção da saúde do consumidor.
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