DANIEL MACHADO
DE BRASÍLIA (DF)
“A retomada das exportações de carne para a China dá mais tranquilidade para a indústria e para o produtor rural”, resume o empresário do setor de frigoríficos Oswaldo Stival Júnior, vice-presidente da Fieto (Federação das Indústrias do Tocantins).
Maior compradora de carne do Brasil e disparada do Tocantins, a China ficou cerca de cem dias sem importar carne brasileira. O motivo foi o aparecimento de casos isolados do mal da vaca louca em poucos animais brasileiros.
Essa suspensão causou prejuízo em toda a cadeia e fez com que os números do Estado despencassem nos meses de novembro e outubro no Tocantins. O mercado de carne bovina para a China continental foi aberto ao Brasil no final de 2019 e, desde então, o gigante asiático é o maior comprador de proteína animal no Estado.
Em 2020, dos mais de US$ 335 milhões exportados em carne pelo Tocantins, 57% foi para a China. Já em 2021, no acumulado de janeiro a novembro, a China é responsável por adquirir 55% dos US$ 342 milhões em carne vendidos pelo Tocantins para o exterior.
“Ela (a retomada) é muito importante, equilibra os mercados, ainda mais pelo volume que a China recebe. Essa estabilização permite que a gente possa fazer uma programação melhor”, explica Stival.
Para 2022, o setor tem uma expectativa muito boa, conforme destaca o empresário. “O mercado para 2022 vai ficar muito voltado para isso, as exportações comandam, porque o mercado interno ainda está muito complicado. Mesmo assim, creio que 2022 será muito muito positivo para o nosso setor”, projeta.
Deixe um comentário