Criada em 08/05/2021 às 21h08 | Pecuária

Pecuarista que atua em SP e MS adere a programa de melhoramento genético e dobra produção de arrobas por hectare

Em 2005, uma das propriedades produzia ao redor de 7,5 @/hectare ao ano e hoje a produtividade chega a 14@/hectare/ano. Na desmama desta temporada, por exemplo, a taxa de prenhez foi de 85% e o peso médio dos machos de 205 quilos e das fêmeas de 202 quilos.

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Teresa Vendramini conheceu o programa de melhoramento genético implementado por Daniel Martins (foto: SRB/Divulgação)

 


Quarta geração de uma família de pecuaristas, Daniel Martins e seus três filhos tocam a Fazenda Santa Cecília, que faz ciclo completo de Nelore em duas propriedades, localizadas em Tarabai-SP e em Rio Brilhante-MS. Obstinados por gestão e índices zootécnicos, eles representam bem o modelo da pecuária moderna, que busca sustentabilidade e produtividade em um ciclo cada vez mais curto.

Em recente visita à propriedade em Tarabai, a presidente da Sociedade Rural Brasileira, Teresa Vendramini conheceu de perto o programa de melhoramento genético implementado na fazenda. Criado em 2014 e intitulado Cia de Melhoramento, o programa possui mais de 86 mil vacas em avaliação, fruto da união de pecuaristas do Brasil, Paraguai e Colômbia. O objetivo é melhorar os índices zootécnicos das fazendas a fim de produzir mais arrobas em uma mesma área.

Os dados da fazenda Santa Cecília comprovam a viabilidade do método: em 2005, a propriedade produzia ao redor de 7,5 @/hectare ao ano e hoje a produtividade chega a 14@/hectare/ano. Na desmama desta temporada, por exemplo, a taxa de prenhez foi de 85% e o peso médio dos machos de 205 quilos e das fêmeas de 202 quilos. “Estamos quase eliminando a recria da desmama, tamanho é o ganho genético”, afirma Daniel.

De ciclo completo, as duas fazendas da família se complementam. Na unidade de São Paulo, a fazenda faz todo trabalho de cria, recria e melhoramento genético e os melhores touros com CEIP (Certificado Especial de Identificação e Produção) e genotipados desta seleção vão para a fazenda em Mato Grosso do Sul, onde são comercializados para os pecuaristas pantaneiros. “Nossa pressão de seleção é grande, porque precisamos de animais rústicos para a região do Pantanal”, explica Martins.

“Sabemos que o mercado ficará cada vez mais exigente, especialmente na produção de carne de bovina. Acredito que esse é o modelo de pecuária necessário para conciliar rentabilidade com sustentabilidade. Fiquei muito satisfeita em ver essa gestão e a evolução dos resultados produtivos”, diz Teresa Vendramini. (Da SRB)



 

 



 











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