Criada em 13/05/2021 às 17h59 | Grãos

Estimativa da Conab aponta que produtividade das lavouras de soja do Estado do Tocantins ficará abaixo da média histórica

“Fatores como o veranico, que acometeu a lavoura durante as fases críticas (floração e enchimento de grãos) e o excesso de chuvas durante o início do processo de colheita, retardando o acesso dos maquinários às áreas cultivadas, explicam o baixo desempenho”, aponta a companhia.

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Divulgado nesta quarta-feira, dia 12, pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a estimativa da produção de grãos no Estado do Tocantins aponta que em razão dos problemas relacionados com a chuva na reta final do cultivo este ano afetará a média histórica das lavouras do Estado. “A produtividade média das lavouras situou-se abaixo da média histórica, ora calculada em 3.178 kg/ha. Fatores como o veranico, que acometeu a lavoura durante as fases críticas (floração e enchimento de grãos) e o excesso de chuvas durante o início do processo de colheita, retardando o acesso dos maquinários às áreas cultivadas, explicam o baixo desempenho”, diz o estudo.

Entretanto, “com a melhoria do clima, o processo de colheita foi acelerado pelos produtores de olho principalmente na janela de plantio para a semeadura do milho segunda safra”, analisam os pesquisadores. “Durante a reta final da colheita, os produtores começaram a contabilizar os reais prejuízos oriundos da instabilidade climática no estado. De acordo com os últimos relatos, a quebra de qualidade dos grãos colhidos resultou num decréscimo de aproximadamente 4,3% na produtividade, se comparado à safra anterior. Mesmo com o aumento de 3,5% da área semeada nesta safra, a produção foi reduzida em torno de 1% em comparação à safra anterior”, aponta o relatório da companhia.

Carro-chefe da produção agrícola do Tocantins, a estimativa da soja é de produção de 3.545,7 de toneladas, resultado 1,0% menor que em 2019/2020, que foi de 3.581,1 de toneladas. A produtividade também apresenta leve queda (4,3%). Na safra 2019/2020 é de 3.322 kg/ha; neste ciclo, 3.178 kg/ha. Em relação à área, a safra 2020/2021 deve ser de 1.115,7 hectares, 3,5% a mais que em 2019/2020, cujo resultado é 1.078,0 ha.

OS NÚMEROS DO TOCANTINS

A estimativa da produção de grãos no Estado do Tocantins deve ser de 5,6 milhões de toneladas na safra 2020/2021. No ciclo anterior, foi de 5,8 milhões de toneladas. A comparação aponta leve oscilação negativa de 4,1%, muito em razão das chuvas que prejudicaram a colheita de soja neste ano. Já a área será 1,7% maior. Em 2019/2020, o plantio foi feito em 1.560,1 hectares. No 2020/2021, porém, a previsão é de 1.587,2 hectares. A produtividade também oscilou para baixo (5,7%), conforme o estudo da companhia. Neste ciclo deve ser de 3.537 kg/ha. Já, no anterior, foi de 3.752 kg/ha.

O MILHO

A produção de milho deve ser de 1,2 milhão de toneladas neste ciclo, uma variação de 17,5% em relação ao anterior, que foi de 1,4 milhão. A área plantada em 2020/2021 será de 255,4 hectares (2019/2020 foi de 282,3 hectares, uma variação de 9,5%.

No Tocantins, conforme o estudo da Conab, o milho primeira safra já está sendo colhido. “Neste levantamento estimou-se uma redução na área semeada de 1,8% em relação à safra anterior. Houve regiões em que os produtores optaram pelo plantio mais tardio da cultura, aguardando uma melhor regularidade das chuvas”, apontam os técnicos da companhia.

Já sobre a segunda safra, diz a Conab, “foi registrado, nos últimos dias, bons volumes de chuvas nas principais regiões produtoras, principalmente na região centro-norte, onde concentram as grandes áreas cultivadas com o cereal”. “A longo prazo, o clima torna-se o principal fator de risco para o desenvolvimento da cultura, uma vez que 75% do milho foi semeado fora da janela ideal de plantio, ou seja, a partir do primeiro decêndio de março. Atualmente a cultura se encontra 100% no estágio de desenvolvimento vegetativo”, revela a análise.

ARROZ EM CASCA

A análise da Conab indica que na “Região Norte a previsão de produção de arroz em casca é de incremento na área plantada em comparação à safra anterior, podendo potencializar a produção, que atualmente está estimada em 1.057,5 mil toneladas, aumento de 6,6% em comparação à safra passada. Com isso, a região deverá se configurar como a segunda maior produtora nacional de arroz, tendo como maior destaque a produção do Tocantins”.

Já o arroz sequeiro “tem previsão inicial de aumento na área plantada em comparação ao exercício anterior, especialmente em razão da maior valorização do grão no mercado interno/externo”.

Ainda conforme o levantamento, “o arroz de terras altas ou arroz de sequeiro é cultivado em praticamente todas as regiões do país, com as áreas de produção mais expressivas concentradas em Mato Grosso, Tocantins, Rondônia, Goiás, Maranhão e Pará. As lavouras de arroz de terras altas representam somente 22% da área cultivada com arroz no Brasil, contribuindo com apenas 8% da produção brasileira de arroz”.

O SORGO

Por fim, o levantamento da estatal indica que no “Tocantins a cultura do sorgo neste ano- safra teve uma evolução em área semeada em torno de 15,5%”. “A produção está estimada em um aumento de 7,2% em relação à safra passada. O produtor optou pela alternativa de cultivar esse produto por ser uma cultura de ciclo mais curto e ter certa tolerância ao deficit hídrico, principalmente nas áreas que seriam destinadas ao cultivo do milho segunda safra. O produtor opta pelo cultivo do sorgo também para fazer rotação de cultura e formação de palhada, e, economicamente falando, a produção é destinada à indústria de ração animal”.


 

 

 



 











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