Depois de percorrer milhares de quilômetros, em seis estados, o Confina Brasil pousou em Palmas/TO. A expectativa era grande, pois daríamos início a terceira e última rota no Tocantins, um dos estados da fronteira agrícola Matopiba.
De cara, já nos impressionamos com a qualidade do asfalto nas rodovias. O movimento de cargas é grande, reflexo da expansão da produção agropecuária no estado.Em relação a safra 2011/2012, a área de cultivo de grãos cresceu 119%, chegando a aproximadamente 1,6 milhões de hectares. O aumento de área, associado à aplicação de tecnologia de ponta, resultou em um aumento de 133% na produção de grãos, na mesma comparação.
Um dos programas que fomentou o crescimento agrícola do cerrado tocantinense foi o Proceder (Programa de Cooperação Nipo-Brasileiro para o Desenvolvimento Agrícola dos Cerrados) com o objetivo de tornar a região do cerrado produtiva através de financiamentos e programas de extensão desde 1979.
Visitamos 17 plantas de confinamentos no estado, entre grandes, médios e pequenos produtores. Conhecemos entusiastas da pecuária intensiva que utilizam o confinamento e o semiconfinamento como ferramenta, seja para ajustar a lotação das pastagens, encurtar o ciclo de produção ou, até mesmo, para produzir machos precoces para produção de carne de qualidade e fêmeas que serão desafiadas antes dos 24 meses na estação de monta.O ambiente variava conforme íamos de encontro ao Oeste da Bahia. Saímos de uma região de cerrado típico, com chuvas de até 1800 mm por ano, para uma região de transição entre cerrado e caatinga, de clima mais árido.
No Oeste baiano, encontramos grandes empreendedores do agronegócio, pessoas que acreditaram no potencial da região e hoje administram negócios de sucesso. Na região de Luiz Eduardo Magalhães, encontramos um grande polo de agricultura irrigada através da grandeza dos pivôs centrais, onde a produção de alimento é potencializada.A Bahia também é uma grande produtora de algodão, sendo responsável por 22% da produção nacional, em uma área de, aproximadamente, 266 mil hectares, concentrados principalmente na região Oeste.
A produção de grãos e algodão no estado tem aumentado a atratividade do confinamento, devido à oferta de grãos e coprodutos que abastecem os cochos. Visitamos 11 plantas de confinamento no estado, onde encontramos estruturas modernas, aplicação de tecnologia, e animais de boa qualidade.
Boa parte da produção de carne do Oeste baiano fica no próprio estado e no Nordeste como um todo, atendendo as regiões metropolitanas. (Da Scott Consultoria)
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