DANIEL MACHADO
DE BRASÍLIA (DF)
No centro das atenções após a eleição do peronista Alberto Fernández para presidente da Argentina, bem como de sua vice a ex-presidente Cristina Fernández Kirchner, o país vizinho é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil e tem relações econômicas com o Tocantins.
Conforme levantamento do Norte Agropecuário no Comex Stat, sistema administrado pelo governo federal e que detalha dados oficiais das transações comerciais internacionais com padrões semelhantes aos utilizados no Mercosul, o Tocantins vendeu em 2018 US$ 2,19 milhões (R$ 8,76 milhões) para o país vizinho. Neste ano, as vendas estão em US$ 976,8 (R$ 3,9 milhões). Em 2017, o valor comercializado com os argentinos ficou em US$ 674 mil.
Os produtos mais vendidos do Estado para a Argentina são a carne e suco de abacaxi (ou polpa). Inclusive, recentemente, a Fieto (Federação das Indústrias do Tocantins) foi habilitada a emitir certificado digital para transações comerciais com a Argentina e o Uruguai.
AS IMPORTAÇÕES
Por outro lado, o Tocantins é um grande importador da Argentina. Neste ano, o Estado já comprou do país vizinho US$ 7,83 milhões (R$ 31 milhões). No ano passado, o valor foi 15,5 milhões (R$ 60,6 milhões) e a quantia ficou em US$ 5,06 milhões.
Os principais produtos comprados dos argentinos são o óleo para combustível e o trigo (ou farinho de trigo), que abastece a indústria de panificação e confeitaria do Estado.
AS REAÇÕES
O Norte Agropecuário contatou o advogado Dídimo Heleno, especialista em relações internacionais, destacou que as declarações do presidente Jair Bolsonaro e de parte de sua equipe contra o presidente eleito da Argentina tendem a atrapalhar as relações comerciais entre os dois países. No próximo domingo, o Norte Agropecuário no rádio trará mais detalhes sobre o tema e a opinião na íntegra de Dídimo Heleno.
Exportações com Argentina
2019 (janeiro a setembro) - US$ 976,8 mil
2018 - US$ 2,19 milhões
2017 - US$ 674,4 mil
Principais produtos: carne, sucos de abacaxi e polpas da fruta
Importações
2019 (janeiro a setembro) - US$ 7,83 milhões
2018 - US$ 15,15 milhões
2017 - US$ 5,06 milhões
Principais produtos: óleos leves, farinho de trigo (ou mistura)
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