Criada em 04/06/2021 às 18h14 | Política brasileira

Transição beneficia Itamar Borges, que ganha tempo ao assumir, mudar comandos da Agricultura de SP e implantar seu estilo de gestão

Tratativas que geraram dados e conhecimento da estrutura, projetos e ações da pasta feitos em parceria com o ex-titular do cargo,Gustavo Junqueira, fizeram com que o novo gestor assumisse com sua equipe já com as principais informações das políticas públicas voltadas aos produtores rurais.

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O secretário de Agricultura e Abastecimento, Itamar Borges, visitou todos os departamentos da sede da secretaria (foto: Agricultura/SP/Divulgação)


Confira a mensagem de Itamar Borges


Clique no ícone acima e confira a
recente entrevista de Gustavo Junqueira 

 

O processo de transição feito com o ex-gestor Gustavo Diniz Junqueira no mês de maio foi fundamental para que o novo secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Itamar Borges, assumisse a pasta com praticamente sua equipe definida. O parlamentar licenciado assumiu oficialmente o cargo no dia 1º de junho, mas chegou com os principais membros de sua equipe escalados. Com isso, e graças ao período de transição, eles já chegaram com planejamentos e projetos pré-definidos e não vão perder tempo, como em muitos outros casos de troca de gestão, para tomar conhecimento de estruturas, projetos e iniciativas de políticas públicas voltadas aos produtores rurais paulistas.

Duas funções importantes foram anunciadas. O Instituto Agronômico (IAC) tem novo diretor-geral desde 2 de junho de 2021. O pesquisador e líder do Programa Cana IAC, Marcos Guimarães de Andrade Landell, assume a gestão do Instituto, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Landell atua há 38 anos no IAC, onde construiu e mantém modernizado um dos quatro programas brasileiros de melhoramento genético da cana-de-açúcar, junto à equipe por ele liderada. Referência no setor sucroenergético nacional pela competência científica, capacidade de gestão e interação com a cadeia de produção, o novo diretor-geral trará essa experiência para a administração geral do IAC.

E o pesquisador do Instituto de Pesca (IP), Sergio Luiz dos Santos Tutui, é o novo coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). Tutui foi nomeado em 02 de junho. Desde 2019, a APTA era dirigida por Antonio Batista Filho, que volta a desenvolver suas atividades de pesquisa no Instituto Biológico (IB).

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MARCOS LANDELL

Graduado em Agronomia pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, onde também fez mestrado e doutorado, Landell substitui Marcos Antônio Machado, que assumiu a diretoria-geral do IAC em janeiro de 2019, após atuar como diretor-técnico do Centro de Programação de Pesquisa do IAC e tendo sido diretor do Centro de Citricultura “Sylvio Moreira” do IAC por 15 anos.

Respeitado dentro do IAC e das demais instituições de ciência nacional, Landell tem grande reconhecimento junto ao setor sucroenergético. Recebeu, representando o seu grupo de trabalho, inúmeros prêmios pelas contribuições feitas para que São Paulo se tornasse referência mundial em canavicultura sustentável. Há reconhecimentos também em caráter nacional, como o Prêmio Norman Borlaug de Sustentabilidade 2019, oferecido pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), que representa todo o agronegócio e não apenas o segmento da cana-de-açúcar. O Conselho de Diretores da ABAG indicou nomes de dois pesquisadores brasileiros e Landell foi escolhido pela grande maioria. Ele faz uma média de 60 palestras e treinamentos por ano, mantidas no sistema remoto durante a pandemia.

Na criação do Programa Cana IAC, em 1989, Landell elaborou um modelo de integração para as múltiplas áreas de conhecimento dos pesquisadores do Instituto. Diversos projetos foram criados, com interface entre as muitas áreas envolvidas e enriquecimento da abordagem da investigação dos pontos prospectados junto ao setor de produção. A condução da pesquisa considera também a prospecção de demandas junto às usinas e às associações do estado de São Paulo e de outros dez estados do Brasil, principalmente das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Com esse perfil, o IAC passou a ser referência em tecnologia na canavicultura no Brasil e em outros países.

Considerando o Instituto Agronômico como um todo, esse mesmo modelo pode ser expandido, respeitando as peculiaridades de cada área de pesquisa e valorizando as competências científicas e técnicas, que são muitas e de excelente nível dentro da ciência nacional e internacional.

O Programa Cana IAC tem cerca de 630 ensaios ativos na atualidade apenas na sua rede de experimentação para seleção e caracterização de novas variedades. Esse modelo de pesquisa requer ação contínua e dinâmica da equipe de cientistas e técnicos, que chegam a cumprir distâncias anuais superiores a 500 mil quilômetros no Brasil. A equipe transfere os resultados da ciência nas diversas áreas do conhecimento, que proporcionam saltos de produtividade, com sustentabilidade ambiental na canavicultura. Dentre as áreas de atuação estão os estudos de ambientes de produção, a seleção de variedades com perfis regionais e para uso forrageiro, o desenvolvimento do Sistema de Mudas Pré-Brotadas (MPB), a realização do maior censo varietal de cana-de-açúcar no Brasil, dentre outros.

NOVA EQUIPE DA APTA

Na APTA, uma nova equipe também passa a liderar os Institutos de pesquisa, unidades de regionais e administrativas da Secretaria. São eles: Marcos Guimarães de Andrade Landell como diretor do Instituto Agronômico (IAC), Celso Luis Rodrigues Vegro do Instituto de Economia Agrícola (IEA), Cristiane Rodrigues Pinheiro Neiva do Instituto de Pesca (IP), Enilson Geraldo Ribeiro do Instituto de Zootecnia (IZ), Daniel Gomes da APTA Regional e Renata Helena Branco Arnandes do Departamento de Gestão Estratégica (DGE).

De acordo com Tutui, os seis Institutos e 11 Polos Regionais de pesquisa ligados à APTA têm um histórico grandioso e reconhecido pelo setor produtivo. “Nosso grande desafio é que a realidade vem mudando muito rapidamente, principalmente com a pandemia do novo coronavírus, por isso, precisamos acelerar a adaptação dos Institutos para essa nova realidade, para que eles sejam cada vez mais geradores de conhecimento e de tecnologias de produção inovadoras para a sociedade”, afirma.

Conheça o currículo das novas lideranças da APTA

Sergio Luiz dos Santos Tutui – Coordenador da APTA

Sergio Luiz dos Santos Tutui é graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de São Carlos (1990), com especialização em Propriedade Intelectual pela Universidade Estadual de Campinas (2016), mestrado em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (1999) e doutorado pela mesma instituição (2008). É ainda especialista em gestão pesqueira pela Fisheries Institute of Mie Ken do Japão.

Atua desde 1990 como pesquisador científico do Instituto de Pesca, desenvolvendo estudos em recursos pesqueiros e engenharia de pesca. Na área de gestão, Tutui é conselheiro da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e foi diretor executivo da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag) por oito anos.

Marcos Guimarães de Andrade Landell – diretor do IAC

É graduado em Agronomia pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (1979), possui mestrado em Agronomia e Produção Vegetal (1983) e doutorado (1989) na mesma área também pela Unesp.

Landell atua há 38 anos no IAC, onde construiu e mantém modernizado um dos quatro programas brasileiros de melhoramento genético da cana-de-açúcar, junto à equipe por ele liderada. Reconhecido por sua grande influência no setor sucroenergético, tem experiência na área de agronomia, com ênfase em melhoramento genético e seleção de novas variedades de cana-de-açúcar.

Celso Luis Rodrigues Vegro – diretor do IEA

Formado em Engenharia Agronômica pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiróz”, possui especialização em Sistemas Agrários pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e mestrado em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1992).

Exerce a função de pesquisador científico no IEA desde 1992 e foi diretor do Instituto entre 2017 e 2019. Seus estudos científicos se concentram em temas ligados à coordenação de cadeias agroindustriais, inovação tecnológica e tendência do mercado de alimentos e bebidas, especialmente, do café.

Cristiane Rodrigues Pinheiro Neiva – diretora do IP

Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Santos (1991), possui especialização em Pesca e Aquicultura (1992), mestrado em Ciências dos Alimentos pela Universidade de São Paulo (2003) e doutorado em Nutrição pela Faculdade de Saúde Pública da USP (2008).

Ingressou na Secretaria de Agricultura em 1994 como pesquisadora do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) e em 2000 se transferiu para o Instituto de Pesca. Foi diretora técnica do Laboratório de Tecnologia do Pescado (2000-2011) e diretora do Centro Avançado do Pesquisa Tecnológica do Agronegócio do Pescado Marinho do Instituto de Pesca em Santos (2015-2017).

Atua na área de tecnologia com perspectiva para a cadeia de produção do pescado, com ênfase em tecnologias que visem o aproveitamento integral do pescado, a inovação tecnológica e o desenvolvimento sustentável do agronegócio, tendo experiência com o controle de qualidade do pescado, tecnologias de processamento e desenvolvimento de novos produtos para o mercado institucional.

Enilson Geraldo Ribeiro – diretor do IZ

Enilson Geraldo Ribeiro possui graduação em Zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa (1996), mestrado e doutorado em Produção Animal pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (1999 e 2004).

É pesquisador do Instituto de Zootecnia desde 2007, tendo atuado como diretor do Centro de Experimentação Central (2013-2021) e como diretor do Centro de Pesquisa em Zootecnia Diversificada do Instituto, de fevereiro a maio de 2021. Suas pesquisas se concentram na área de Nutrição, Pastagens e Produção de Bovinos. Ribeiro tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em Avaliação de Alimentos para Animais, atuando principalmente em nutrição de ruminantes, produção de forragem, manejo de bovinos leiteiros e pastagens e sistemas integrados de produção agropecuária.

Daniel Gomes – diretor da APTA Regional

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Faculdade Manuel Carlos Gonçalves de Espirito Santo do Pinhal e é mestre e doutor em Pós-colheita pela Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp. Desde 2008, atua como pesquisador da APTA Regional desenvolvendo projetos de pesquisa nas áreas de Agregação de Valor e Engenharia de Alimentos. Seus principais objetos de estudo são cogumelos comestíveis, frutas, hortaliças e qualidade de bebidas, em especial o café. Atualmente trabalha na avaliação gastronômica de produtos agrícolas.

Renata Helena Branco Arnandes – diretora do DGE

Renata Helena Branco Arnandes é doutora em zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa (2005), pesquisadora do Instituto de Zootecnia desde 2005 e docente orientadora do Programa de Pós-graduação em Produção Animal Sustentável do IZ. A nova diretora do DGE tem experiência em estudos na área de ruminantes, atuando nos temas de bovinos de corte, consumo alimentar residual, eficiência alimentar, emissão de metano entérico e avaliação de alimentos. Na área administrativa foi diretora do Centro de Pesquisa em Bovinos de Corte do IZ (2010-2013) e diretora geral do Instituto de Zootecnia (2013-2019).
(Com informações da Agricultura SP)


Marcos Guimarães de Andrade Landell é o
novo diretor do Instituto Agronômico
Sergio Tutui é o novo coordenador da APTA


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