Criada em 24/06/2020 às 19h40 | Pesquisa

Nuvem de gafanhotos segue para o Uruguai, mas Ministério da Agricultura mantém alerta; até o uso de aviões é cogitado

É pouco provável - até o presente momento - que a nuvem avance em território brasileiro. Com base neste cenário, estão sendo trabalhadas estratégias passíveis de adoção para um eventual surto da praga no Brasil, caso ocorram alterações climáticas favoráveis ao deslocamento para o Brasil.

Imagem
Aviões podem ser alternativas para combater gafanhotos, aponta Embrapa (foto: Reprodução)

O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) informou nesta quarta-feira (24) ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que a nuvem de gafanhotos, em movimento dentro do território argentino, está se dirigindo rumo ao sul daquele país, em direção ao Uruguai, conforme a previsão inicial. De acordo com os dados meteorológicos para a região Sul do Brasil, previstos para os próximos dias, é pouco provável - até o presente momento - que a nuvem avance em território brasileiro.

No entanto, grupo de trabalho do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas (DSV) da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa permanece em situação de alerta e mobilização, em conjunto com as equipes técnicas das Superintendências Federais de Agricultura e dos órgãos estaduais de Defesa Agropecuária nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, assim como as unidades de vigilância agropecuária do Ministério localizadas na fronteira com o Rio Grande do Sul.

SAIBA MAIS

Presente no país desde o século XIX, gafanhoto causou grandes perdas nas lavouras de arroz nas décadas de 1930 e 1940

Com base neste cenário, estão sendo trabalhadas estratégias passíveis de adoção para um eventual surto da praga no Brasil, caso ocorram alterações climáticas favoráveis ao deslocamento da nuvem de gafanhotos para o nosso país.

O deslocamento da nuvem de gafanhotos pode ser acompanhado por meio de mapas atualizados pelas autoridades argentinas, neste link

MEDIDAS

Desde 2015, a formação de nuvens desses insetos nos países vizinhos da Bolívia, Paraguai e Argentina, tem ocorrido de forma relativamente frequente. Em virtude destes registros, o Mapa está, entre outras medidas, trabalhando na elaboração de um manual de orientações de ações de controle da praga, direcionado aos produtores rurais e aos órgãos estaduais de defesa agropecuária e de extensão rural.

ESPÉCIES

São várias as espécies de gafanhotos que causam prejuízos econômicos no Brasil. Entretanto, duas espécies merecem destaque pelos danos causados: Rhammatocerus schistocercoides e Schistocerca cancellata.

Da espécie Schistocerca cancellata, que compõe a nuvem presente agora na Argentina, foram várias infestações nos anos de 1938, 1942 e 1946, de focos originários da Argentina que ingressaram pela região Sul do Brasil, alcançando os estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais. Atualmente, voltaram a causar danos na Bolívia, Paraguai e Argentina.

Da espécie Rhammatocerus schistocercoides ocorreram várias infestações entre os anos de 1984 e 1992, de focos originários de áreas indígenas do Brasil, alcançando 12 estados da federação: BA, SE, AL, PE, PB, RN, CE, MA, PI, PA, RO e MT. Atualmente, essa espécie se mantém em sua fase solitária e não apresenta perigo.

Diversos fatores podem originar o aumento das populações de gafanhotos, como climáticos (temperatura, umidade relativa do ar e precipitação pluviométrica acumulada), assim como predadores, parasitóides e doenças. (Do Mapa)

ALTERNATIVA

A aproximação da nuvem com milhões de gafanhotos às plantações do Brasil faz a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias) estudar o uso de aviões pulverizadores para lançar inseticidas nos insetos. A informação foi publicada pelo Portal da Revista Negócio Rural, do Espírito Santo.

Segundo o pesquisador da Embrapa Dori Edson Nava, essa medida, no entanto, depende de normativas especifica. “Para isso, dependemos de um decreto de emergência fitosanitária, que pode ser solicitado pelo Ministério da Agricultura. O decreto pode autorizar o uso de produtos e definir os meios de aplicações”, informou.

O pesquisador explicou que para que seja feita uma aplicação de pesticida, é preciso planejamento, pois os insetos podem pousar em uma floresta e ocupar uma grande área, por isso o uso de avião pode ser o mais viável.

Dori destacou que a nuvem de gafanhotos devoradores chegou a 100 quilômetros de distância da fronteira com o Brasil, o que deixa as autoridades brasileiras em alerta, já que eles podem voar até 150 quilômetros por dia.

Nesta terça-feira, 23 de junho, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, informou que a pasta segue monitorando o deslocamento da nuvem de gafanhotos. Um alerta já foi emitido para as superintendências federais de agricultura e aos órgãos estaduais de defesa agropecuária para que sejam tomadas as medidas cabíveis de monitoramento e orientação aos agricultores da região, em especial no estado do Rio Grande do Sul.

“Montamos um plano de monitoramento para acompanhar o deslocamento dessa nuvem de gafanhotos. Esperamos que eles não cheguem ao Brasil, mas já tem um grupo de acompanhamento analisando todas as ações que podem ser tomadas”, informou a ministra Tereza Cristina.

 

 
 

 

 


Clique no ícone acima e ouça a entrevista

 


 

 

  

 

Somadas, riquezas produzidas pelo campo tocantinense devem alcançar montante de R$ 9,8 bilhões neste ano de 2020

CLIQUE AQUI E VEJA OS NÚMEROS DETALHADOS DO VBP DO TOCANTINS 

Diferente da tendência nacional, que prevê queda, estimativa da safra de grãos do Tocantins é ainda maior, aponta Conab

Cadeia produtiva da carne gera mais de 315 mil empregos e faz circular R$ 7 bilhões por ano em todos segmentos do comércio

Clique aqui e veja o que foi publicado sobre números do VBP do Tocantins e do Brasil

Ação solidária e balanço de exportação de carne são destaques do Norte Agropecuário no Rádio

União de produtores, segmentos da sociedade e iniciativa de empresa do agro abre leitos hospitalares no Tocantins

CLIQUE AQUI E OUÇA TODAS AS EDIÇÕES DO NORTE AGROPECUÁRIO NO RÁDIO

VEJA TAMBÉM 

Plataforma digital com dados espaciais da região do Matopiba será útil nas ações de extensão rural e assistência técnica

LEIA MAIS NOTÍCIAS SOBRE A FRONTEIRA AGRÍCOLA DO MATOPIBA

CLIQUE AQUI E CONFIRA TODAS AS EDIÇÕES DO NORTE AGROPECUÁRIO NO RÁDIO  

 

 

CLIQUE AQUI E LEIA O QUE FOI PUBLICADO SOBRE O CORONAVÍRUS 



 

 

“Apesar dos esforços, comunicação do agro não conseguiu chegar na população e mostrar a importância do segmento”, diz ministra

Agro deve tratar comunicação como 'insumo' e mostrar à sociedade sua importância, dizem produtor e profissionais

Agricultor brasileiro é um dos que menos desmata no mundo

Cadeia produtiva da carne gera mais de 315 mil empregos e faz circular R$ 7 bilhões por ano em todos segmentos do comércio

Valor bruto da produção agropecuária do Estado do Tocantins neste ano deve ser de mais de R$ 9,7 bilhões

 

 

Norte Agropecuário no Rádio aborda queda no abate de gado e balanços econômicos de culturas agrícolas

“Não há políticas públicas de retenção dos bovinos; frigoríficos poderiam estar trabalhando na plenitude da capacidade”, diz Sindicarnes-TO

César Halum dá detalhes sobre realização da Agrotins 2020 de forma virtual 

CLIQUE AQUI E CONFIRA TODAS AS EDIÇÕES DO NORTE AGROPECUÁRIO NO RÁDIO  

Após retração de 3,2% em 2019, Tocantins registra queda de 15% no abate de bovinos no primeiro trimestre deste ano de 2020

Cadeia produtiva da carne gera mais de 315 mil empregos e faz circular R$ 7 bilhões por ano em todos segmentos do comércio

IBGE aponta queda de 3,2% no abate de bovinos no Estado do Tocantins no ano passado

Em três anos, mais de 2 milhões de cabeças de gado “somem” do Tocantins; Estado deixa de arrecadar meio bilhão de reais

Frigoríficos brasileiros abateram 1,019 milhão de bovinos em março; queda é de 47%, aponta Mapa

Recorde de exportações e análise do mercado do boi no Tocantins são destaques do Norte Agropecuário no Rádio na Jovem FM

“Sumiço” de 2 milhões de bovinos, produtividade do milho e técnica para plantio de mandioca são destaques no rádio

Técnica desenvolvida para piscicultura e reabertura do comércio da carne para EUA são destaques do Norte Agropecuário no Rádio

 

 




Reajuste do ICMS dos frigoríficos vai estourar no produtor e no consumidor, diz presidente do Sindicato Rural de Araguaína

AGROVERDADES: CLIQUE AQUI E ASSISTA O FÓRUM DO AGRONEGÓCIO DO TOCANTINS, EM ARAGUAÍNA

Aumento da alíquota do ICMS para frigoríficos transformará carne do Tocantins na mais cara do Brasil, aponta especialista

Cadeia produtiva da carne gera mais de 315 mil empregos e faz circular R$ 7 bilhões por ano em todos segmentos do comércio

Pecuaristas pedem adiamento por 150 dias do início da vigência do reajuste de alíquota do ICMS dos frigoríficos do Tocantins

Reajuste do ICMS para frigoríficos do Estado do Tocantins vai impactar o produtor, afirma pecuarista da região de Araguaína

“Cadeia da carne não se nega a pagar imposto, mas governo não pode virar monstro devorador de indústria”, afirma diretor do SRA

Revogação de benefícios a frigoríficos gera “alto custo” ao setor, impacta no abastecimento e formação de preço, diz juiz

Sem acordo: Governo propõe alíquota de 4,5%, mas frigoríficos querem 1,8%; comissão será criada para estudar o tema 

 








 CLIQUE NOS LINKS ABAIXO E SAIBA MAIS SOBRE O TEMA 

Fator coronavírus: SRA reforça pedido de diálogo com governo e defende redução de impostos para baratear preço da carne

Fieto pede ao governo do Estado suspensão de aumento de ICMS para frigoríficos do Tocantins

Reajuste do ICMS dos frigoríficos pode gerar “fantasma do desemprego”, alta do preço da carne e desabastecimento, diz SRA

CLIQUE AQUI E VEJA A CÓPIA DO COMUNICADO ENVIADO PELO SRA À ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

VEJA NESTE LINK A CÓPIA DA SOLICITAÇÃO DA FAET AO GOVERNO DO TOCANTINS

Produtor pagará a conta, afirma vice-presidente do Sindicato Rural de Araguaína sobre aumento do ICMS para frigoríficos

Pecuaristas pedem adiamento por 120 dias do início da vigência do reajuste de alíquota do ICMS dos frigoríficos do Tocantins

Tags:

Comentários


Deixe um comentário

Redes Sociais
2024 Norte Agropecuário