Esforços conjuntos de vários segmentos da sociedade, como produtores rurais, profissionais liberais, empresários, entidade assistencial, chancela do Ministério Público Estadual (MPE) e participação vital de uma empresa do agronegócio possibilitou a abertura novos leitos hospitalares em município localizado no norte do Tocantins. Em meio à pandemia do coronavírus, a iniciativa é um importante socorro aos moradores de Arapoema, município localizado a 383 km de Palmas (TO), na região norte do Estado.
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São, ao todo, 14 novos leitos, que vão ser implantados onde funcionava o colégio agrícola que existia na cidade, foi criado e era mantido pela empresa tocantinense J. Demito, que possibilitava atendimento gratuito aos alunos. “São 14 leitos para média e baixa complexidade. Terá ar-condicionado e rede de oxigênio. Deve estar pronto em 15 dias. Estará disponível ao poder público ao consórcio de municípios vizinhos e ao governo do Estado”, informou Jeremias Demito, um dos sócios da empresa – ele dirige o empreendimento com o irmão, Jonas.
Em entrevista ao Norte Agropecuário, ele detalhou o trabalho da escola e a iniciativa de ceder o espaço para os leitos. “É um esforço da sociedade, empresários, fazendeiros, profissionais liberais, pessoas de corações generosos. É uma obra que nós entendemos de uma importância muito grande. Será muito útil”, complementou, ao destacar a participação do promotor de Justiça do município, Caleb Melo.
A ESCOLA
O grupo J. Demito nasceu como uma pequena mineradora em Riachão (MA), em 1985. Hoje é um dos mais importantes produtores de calcário e britas do norte e nordeste do Brasil. Foi em Riachão que o projeto social surgiu, com a criação do Centro Educacional Iracema Demito, uma escola agrícola gratuita com objetivo de qualificar os jovens nas práticas do campo, a vocação da região. Uma outra unidade foi criada em Arapoema, no Tocantins, que ofereceu suporte educacional e conhecimento na área agrícola para centenas de jovens.
Jeremias Demito explicou que os trabalhos da escola foram paralisados por falta de interessados em ingressar na unidade. Em um dos anos, por exemplo, 20 alunos começaram o curso, mas apenas três concluíram. A maior parte dos jovens optava, na oportunidade, por programas federais. E a empresa, unicamente por falta de alunos, decidiu suspender as atividades e vinha discutindo a melhor maneira para a utilização do espaço. Vários contatos foram feitos. A Associação de Voluntários de Arapoema, juntamente com outras entidades, encampou a ideia e a doação será feita.
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