Criada em 06/06/2022 às 19h41 | Política brasileira

Felipe D'Avila defende fundo de estabilização da Petrobras, padronização de regra tributária e maior ‘descarbonização’ do campo no país

Na primeira entrevista da série do projeto "O futuro do campo na visão dos presidenciáveis", no programa de rádio Agro & Negócios, o pré-candidato à Presidência da República falou sobre seus planos e metas para solucionar gargalos e melhorar as condições para os produtores rurais.

Imagem


Clique no ícone acima e confira a entrevista.

Pré-candidato do Partido Novo à Presidência da República, Felipe D'Avila abriu a série de entrevistas do projeto "O futuro do campo na visão dos presidenciáveis", no programa de rádio Agro & Negócios, apresentado pelo jornalista Cristiano Machado. No foco, projetos e planos para o agro no país.

Entre os principais pontos abordados pelo postulante ao Palácio do Planalto estão: redução de juros aos produtores, solução de problemas como ampliar acesso a energia renovável e conectividade no campo, a ‘descarbonização’ do agro e conciliar a produção agrícola com o respeito ao meio ambiente. "Agro brasileiro é exemplo que temos de abrir a nossa economia."

Uma das ideias apresentadas na entrevista é o investimento em ações localizadas em áreas degradadas, com contrapartida ao produtor. “Ninguém vai mexer com o agro produtivo. Vamos investir em áreas degradadas. Plantou, certificou e avaliou, terá renda anual de R$ 500 reais por hectare. Hoje, 50 trilhões de dólares são investimentos carimbados com a ESG”, citou, ao completar que também proporá ações para reduzir a emissão de metano na pecuária brasileira. ESG é uma sigla em inglês que significa “environmental, social and governance”, e corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização.

Redução de juros 

Para o pré-candidato, a atual gestão federal proporcionou um “desarranjo fiscal” no país. Ele defende uma padronização tributária no Brasil, reduzindo os juros para os produtores. “O Paulo Guedes [ministro da Economia] prometeu que seria rigoroso no teto fiscal, mas estourou o teto. É irresponsabilidade fiscal. Vamos pagar mais de R$ 450 bilhões de juros sobre a dívida, sendo que R$ 42 bilhões são de investimento público. Isso faz com que todos os produtores sofram muito. Não dá para produzir no Brasil com taxa real de juros de 5%”, disse.

Gargalos do campo

Ele defende investir na solução de gargalos no campo como, por exemplo, energia, conectividade e linha crédito. “Vamos investir em energia limpa, na descarbonização do agro. Vai ser valor agregado ao nosso agro. Vai abrir caminho para investimento no Brasil. Iremos também aproveitar os bons programas, como o programa ABC.

Crescimento dos biodefensivos.”  Agregar valor aos produtos e mudar o conceito do Brasil de ser vendedor de commodities é outro plano. “Somos reféns da cana, café, carne, soja, milho e arroz. Há muitos anos. Só processamos 58% do que produzimos na agricultura. Precisamos agregar valor aos nossos produtos.

Produção sustentável

Conciliar a produção agrícola com respeito ao meio ambiente é outro ponto citado pelo pré-candidato na entrevista. “Agro é prejudicado por uma política ambiental desastrosa. Estamos sofrendo retaliações. Dois por cento de grileiros não podem queimar [prejudicar] o agro brasileiro”, destacou. “A rastreabilidade da carne também será incentivada. Vamos fazer valer o Código Florestal. É bom para todo mundo. É bom para o agro, para o meio ambiente, para todos.”

Defensivos agrícolas

Ao ser questionado sobre a política de liberação de defensivos agrícolas no Brasil, D’Avila afirmou que é o correto agilizar a liberação da fila de espera. “Precisamos agilizar [a liberação]. Não é possível a burocracia atrapalhar o agro. É péssimo para a agricultura. Mas, temos que focar nos biodefensivos, adubos orgânicos. A guerra da Ucrânia provou a necessidade que temos desses produtos. Temos que depender menos de outros países e produzir insumos mais sustentáveis”, comentou.

Sobre a Petrobras

O Agro & Negócios também questionou Felipe D’Avila sobre a política de preços da Petrobras e qual seria sua proposta para minimizar os impactos da alta dos combustíveis, principalmente o dieesel, aos produtores. A sua proposta é a criação de um fundo de estabilização. “Precisamos evitar que a oscilação [dos preços] prejudique o produtor. De onde viria o dinheiro? Não é de imposto, não. E não faríamos a demagogia do governo federal de mandar governadores baixarem ICMS. Viria de royalties e das partilhas.

Estabeleceríamos uma regra: A partir de alta de 30%, usaríamos o fundo. Este é o jeito honesto de política de preço, não demitir três vezes o presidente da Petrobras Não tem mágica”, afirmou.

Volta dos investimentos

Além disso, o integrante do partido Novo ressaltou que é preciso uma política econômica sustentada para o país voltar a ter investimentos públicos. “Perdemos 30% da safra pelo transporte rodoviário.  O investimento público cai a cada ano. A situação das rodovias está caótica.”

O corte de investimento também prejudica a atuação da Embrapa, empresa responsável por pesquisas agropecuárias. “Pesquisa e desenvolvimento são fundamentais. Cada vez mais corta investimentos da Embrapa e dos órgãos públicos. Precisa investir em tecnologia. E política de investimento e pesquisa para a iniciativa privada.  É preciso ter meio termo. Embrapa e iniciativa privada”, citou. 

Lei Kandir

Felipe D’Avila refutou veementemente apoiar qualquer iniciativa que vise modificar a Lei Kandir para taxar a exportação de produtos do campo. “É um absurdo taxar exportação. O Brasil tem que exportar mais. Para isso, é preciso tirar o Estado das costas do brasileiro que produz, investe e empreende. O Estado brasileiro é o maior entrave ao empreendedorismo, do crescimento do Brasil. Por isso, precisamos padronizar as regras da tributação brasileira com o restante do mundo”, comentou.

NA 101 FM

O “Agro & Negócios” é sempre aos domingos, das 7h às 8h, na 101 FM, de Presidente Prudente (SP), apresentado pelo jornalista prudentino Cristiano Machado. O sinal da emissora, via 101 FM, chega a 82 cidades do oeste de São Paulo, norte do Paraná e sul do Mato Grosso do Sul, onde vivem 1,5 milhão de pessoas, sem contar a audiência enorme na internet, por meio das redes sociais, para o Brasil e o mundo.

A atração apresenta reportagens especiais baseadas em números e dados técnicos que comprovam os benefícios do setor do campo, tanto econômicos e sociais, como produção de alimentos, geração de renda e emprego.

O “Agro & Negócios” abre espaço ainda para dar destaque a tecnologias empregadas no campo, experimentos e estudos realizados para informar e conscientizar a todos sobre a necessidade de melhorar cada vez mais a produção, com eficiência e primando pela qualidade e sustentabilidade.


Clique e confira a entrevista e informações


Clique no ícone acima e confira
o programa deste domingo
 


Clique no ícone acima e confira o programa


Clique no ícone acima e confira o programa 


Clique no ícone acima e confira o programa

 

Tags:

Comentários


Deixe um comentário

Redes Sociais
2024 Norte Agropecuário