Criada em 19/08/2022 às 09h43 | Exportações

Economista: exportações do Tocantins são relevantes e geram renda no Estado

Gabriel Machado, porém, destaca que Estado deve trabalhar para diversificar pauta de ativos e países compradores. Especialista também afirma que os números também são resultado do esforço do produtor, de políticas em prol do agronegócio e da qualificação do próprio trabalhador do setor.

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Econosmita afirma que os números também são resultado do esforço do produtor, de políticas em prol do agronegócio e da qualificação do próprio trabalhador do setor. (Foto: Divulgação)

Daniel Machado
De Brasília (DF)

O recorde de exportações do Tocantins com mais de US$ 1,8 bilhão apenas de janeiro a julho é muito relevante para o Estado, ajuda a gerar riqueza, contribui com o superávit e colabora com a distribuição de renda e criação de empregos. A avaliação é do economista e professor universitário Gabriel Machado, durante entrevista ao Norte Agropecuário.

“Tocantins vem batendo recordes ano após ano. Com certeza passaremos de US$ 2 bilhões em 2022. E como está entrando muito dólares para o Tocantins, esse dinheiro é extremamente relevante na geração de riqueza, aumenta aí também o superávit econômico do Estado e a geração de renda e emprego”, destaca o economista.

Gabriel Machado afirma que os números também são resultado do esforço do produtor, de políticas em prol do agronegócio e da qualificação do próprio trabalhador do setor.

No entanto, o economista faz um alerta sobre a soja, carro-chefe das exportações tocantinenses. Segundo ele, o volume de mais de mais de 2 milhões de toneladas do grão exportado de maneira bruta dificulta que a oleaginosa possa passar por um processo de industrialização no Estado, algo que precisa ser repensado. “Isso faz com que se perca a possibilidade de agregar valor de um produto que tem diversos derivados como o biodiesel, o óleo de soja, proteína de soja, rações para animais, entre outros”, pontua.

Ele lembrou que agregar valor a esses produtos é importante, pois o Tocantins teria como atrair novas empresas e gerar empregos diretos. “É extremamente importante que o Estado faça políticas públicas no apoio à agregação de valores nos produtos exportados do Tocantins”, ressalta.

Por fim, ele alerta que o fato de a China ser um parceiro comercial tão relevante, comprando quase 60% das exportações do Tocantins, precisa ser visto de duas formas. Primeiro, claro, é muito importante ter o país mais populoso do mundo e a segunda maior economia do planeta adquirindo produtos alimentícios do Estado. No entanto, ele afirmou que precisa haver um certo cuidado por tamanha dependência, pois qualquer problema grave comprometeria muito a situação do Estado. “Tem que tomar muito cuidado, Uma mudança de direcionamento de compras chinesas por produtos em outros países ou uma recessão econômica profunda na China, ou mesmo qualquer outro tipo de situação que a China deixe de comprar do Tocantins, pode fazer com que gere situações econômicas negativas ao Estado sem precedentes na parte das exportações”, finaliza.

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