Criada em 06/08/2019 às 12h22 | Investigação

Defesa Agropecuária fará destruição de lavoura de soja no Estado do Tocantins; plantio é clandestino, informa, em nota, Adapec

São cerca de 70 hectares, informou o produtor. Ele não “cumpriu as exigências previstas nas legislações”, informou agência. “Com isso, poderia colocar em risco a produção de sementes em condição de excepcionalidade de toda a região das planícies tropicais, podendo causar grande prejuízos.”

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Agência destacou obtenção da autorização de plantio nas planícies tropicais, que foi conquistada desde 2006 (foto: CNA/Divulgação; imagem meramente ilustrativa)

A Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) no Tocantins se prepara para fazer a destruição de lavoura de soja em Lagoa da Confusão, no interior do Estado do Tocantins. Conforme a agência, o plantio é irregular. “A lavoura foi considerada clandestina, por não ter comprovação da origem das sementes, sem registro na Adapec, bem como adequação as normas previstas”, respondeu, por meio de nota, a Adapec após pedido do Norte Agropecuário, que recebeu a informação na manhã desta terça-feira, dia 6. O Norte Agropecuário não divulgará o nome do proprietário rural para preservá-lo até que o impasse seja solucionado. 

A agência confirmou ainda outra informação obtida pelo Norte Agropecuário, segundo a qual, que o produtor foi à Justiça para barrar a medida. “O produtor entrou na justiça para impedir a destruição da área de plantio irregular, porém o Estado recorreu da decisão liminar e conseguiu dar prosseguimento, até o momento, as ações que entre elas está à destruição da área”, informa a Adapec.

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Ainda conforme a nota, a agência ressaltou que o agricultor, que não teve o nome revelado, “não cumpriu as exigências previstas nas legislações estadual e federal”. “Com isso, poderia colocar em risco a produção de sementes em condição de excepcionalidade de toda a região das planícies tropicais, podendo causar grande prejuízos. Essa autorização de plantio nas planícies tropicais foi conquistada desde 2006 pela Adapec, por meio de um trabalho árduo e das ações de defesa realizadas constantemente”, argumenta o comunicado.

No documento, a Adapec aponta que “o plantio irregular pode causar prejuízos irreparáveis para todo o Estado, bem como para outros estados que recebem sementes produzidas nas planícies tropicais”.

Confira a nota da Adapec na íntegra:

Destruição de lavoura de soja clandestina

VEÍCULO: Norte agropecuário

A Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) informa que a área plantada irregularmente está localizada no município de Lagoa da Confusão. Segundo o proprietário são cerca de 70 hectares plantados, mas a Agência somente terá condições de mensurar o tamanho após a destruição total da área. A equipe da Agência identificou essa área durante o monitoramento da cultura realizado na região.

A lavoura foi considerada clandestina, por não ter comprovação da origem das sementes, sem registro na Adapec, bem como adequação as normas previstas. O produtor entrou na justiça para impedir a destruição da área de plantio irregular, porém o Estado recorreu da decisão liminar e conseguiu dar prosseguimento, até o momento, as ações que entre elas está à destruição da área.

É preciso esclarecer que o agricultor não cumpriu as exigências previstas nas legislações estadual e federal. Com isso, poderia colocar em risco a produção de sementes em condição de excepcionalidade de toda a região das planícies tropicais, podendo causar grande prejuízos. Essa autorização de plantio nas planícies tropicais foi conquistada desde 2006 pela Adapec, por meio de um trabalho árduo e das ações de defesa realizadas constantemente.

Se área irregular persistisse, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) poderia desautorizar o plantio nas planícies tropicais pelo não cumprimento da legislação, já que a Agência é auditada anualmente e cumpre com rigor as exigências do Mapa, sendo que dentre as exigências estão às adequações as normas, além da eliminação de plantio clandestino.

Vale ressaltar que o plantio irregular pode causar prejuízos irreparáveis para todo o Estado, bem como para outros estados que recebem sementes produzidas nas planícies tropicais. O Tocantins produz anualmente mais de 75% de toda semente produzida no Brasil no período da excepcionalidade ao Vazio Sanitário.

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