Welcton Oliveira
DE PALMAS (TO)
A Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) alerta, para os produtores rurais que possuem criação de equídeos, que não deixem de realizar e exigir os exames clínicos contra mormo e Anemia Infecciosa Equina (AIE) em animais que estão em movimentação de trânsito, tanto para entrada quanto para saída nas propriedades. O objetivo é evitar a propagação dessas doenças no Estado e os prejuízos econômicos.
Segundo o responsável técnico pelo Programa Estadual de Sanidade dos Equídeos (Pese), Raydleno Mateus Tavares, para a movimentação de trânsito dos equídeos, é obrigatória a realização de exames contra o mormo e AIE. “O produtor deve estar sempre com os exames dos animais em dia, sob pena de multas e outras sanções”, afirma, acrescentando que a conscientização dos criadores é fundamental para o controle das doenças, uma vez que elas são transmissíveis e não têm cura.
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Para realizar os exames, o produtor deve procurar um médico veterinário cadastrado junto à Adapec e ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A lista destes profissionais pode ser acessada no site da Agência por meio do link.
A orientação é de que todos os casos suspeitos de doenças nos equídeos sejam informados imediatamente à Adapec, no escritório da Agência no município mais próximo ou pelo disque defesa, no telefone 0800 63 1122. Vale lembrar que, no caso de infecção destas duas enfermidades, o serviço oficial procederá o sacrifício do animal positivo e adotará as demais medidas para saneamento da propriedade.
OS EXAMES
A Adapec recomenda, aos produtores rurais, que, no caso da AIE, só adquirem animais com exames negativos dentro do prazo de validade, que é de 60 dias; realizar quarentena antes de introduzir novos animais no rebanho da propriedade, fazer limpeza das baias para evitar insetos; vacinar ou medicar os animais só com agulhas descartáveis; desinfetar os equipamentos antes do uso; participar de eventos com aglomeração de equídeos onde os animais sejam comprovadamente negativos para AIE, por meio de exames laboratoriais.
No caso do mormo, a dica é adquirir somente animais com exame negativo para doença e, após o ingresso do animal na propriedade, realizar uma quarentena, isolando o animal adquirido em piquete separado do plantel já existente; desinfetar cuidadosamente as instalações e os equipamentos; apenas participar de eventos equestres que obriguem o exame laboratorial para mormo, dentro do prazo de validade, que é de 60 dias, evitando assim a disseminação da doença.
Vale destacar que o mormo é uma zoonose, ou seja, também pode ser transmitida para o ser humano.
AIE
É uma doença causada por vírus, transmissível e incurável, que ataca equídeos (cavalos, asininos e muares) de qualquer raça, sexo e idade; uma vez infectado, o animal torna-se fonte de infecção permanente para outros equídeos. Não existe vacina para prevenção da doença. Seus principais sintomas são: Febre alta (39º a 41º C); pequenos sangramentos na língua e nos olhos; fraqueza; perda de apetite; edema nos membros e abdômen; e anemia. Existem animais que podem se apresentar aparentemente sadios, porém servir como reservatório do vírus e propagar a doença.
A transmissão ocorre por picadas de insetos, que se alimentam de sangue: mutucas e moscas; agulhas, seringas, esporas, freios, arreios e utensílios contaminados com sangue infectado; material cirúrgico contaminado; leite e sêmen.
O MORMO
É uma doença infectocontagiosa, causada por uma bactéria, que acomete equídeos (cavalos, asininos e muares) e pode acometer o homem. Não existe cura, tratamento ou vacinas eficazes contra o mormo. Os principais sintomas são: febre alta, tosse e descarga nasal com úlceras nas narinas; podem ocorrer úlceras e nódulos em membros e abdômen, entre outros.
A transmissão ocorre pelo contato de animais sadios com secreções e excreções de animais doentes, como a secreção nasal e o pus dos abscessos, que contaminam ambiente, comedouros e bebedouros. (Da Adapec)
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