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Norte Agropecuário no Rádio, na Jovem FM
Eleito presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) para o Triênio 2021/2024, o produtor rural Antonio Galvan, radicado em Mato Grosso, teceu duras críticas ao governo do Estado do Tocantins por alterar normas de plantio de sementes de grãos nas regiões de várzeas. "Como produtor, sou totalmente contrário a qualquer tipo de pé de soja verde nascido dentro do vazio sanitário. [o período] É justamente para não transmitir ou elevar a doença de uma safra para outra. Ele foi criado com esse objetivo. Infelizmente, se criou uma janela, uma abertura. Estamos questionando muito. Esse assunto está quente no Ministério da Agricultura e já falamos com a ministra [Tereza Cristina]", disse.
A declaração contundente do novo presidente da Aprosoja foi dada em entrevista ao jornalista Vicente Delgado, diretor do portal de notícias AgroNews Brasil, com sede em Cuiabá (MT), veiculada nesta quinta-feira, dia 1º de abril. O editor do Norte Agropecuário, jornalista Cristiano Machado, a convite do Agronews, participou do programa, ao enviar justamente a pergunta que gerou as críticas acima.
Ele se refere à Instrução Normativa (IN) nº 05, de 16 de março, que atualiza o Programa Estadual de Controle da Ferrugem Asiática da Soja no Tocantins (PECFS) e institui as medidas e ações de profilaxia e controle da praga ferrugem asiática da soja no Estado do Tocantins. A portaria é do governo do Tocantins, por meio da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec).
O próprio Galvan admitiu que o tema se trata de uma "polêmica muito grande" e foi tratado por ele, quando presidiu a entidade. Ele admitiu conhecer bem a situação e esteve várias vezes na região. "Rodei todas as áreas. Não é só em Lagoa da Confusão. Tem uma área em Goiás, próximo ao [rio] Araguaia", complementou.
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ENTENDA O ASSUNTO
A CALENDARIZAÇÃO
Porém, as críticas mais duras foram em relação a chamada calendarização. "Pior de tudo que o Tocantins e Goiás terem liberado para fazer semente no vazio sanitário é impedir o produtor de fazer a semente através de uma calendarização. É uma aberração. É uma grande briga. Foi um lobby muito grande em cima disso."
Ele afirmou que é contrário "que se faça essa semente lá como em qualquer lugar". "Estamos sentando para conversar com o governo, vamos discutir. É um investimento feito à revelia da lei, da Instrução Normativa 002/2007, do Ministério da Agricultura", disse.
Para ele, a alegação que se pode faltar sementes é esdrúxula e mentirosa. "No melhor momento e fora do vazio sanitário, estão nos impedindo através de calendarização. Inclusive no Tocantins! Por que no Tocantins não se produz nos pivôs, que pode muito bem plantar em fevereiro e início março e colher antes do próprio período do vazio sanitário? E resguardar esse período. É uma quarentena dada. Por que não pode ser respeitada essa quarentena também no Tocantins?", finalizou.
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