Criada em 13/01/2021 às 12h07 | Grãos

Conab estima crescimento de 3,1% na área cultivada e produção 1,2% menor de grãos no Tocantins no ciclo 2020/2021

Segundo a companhia, o Estado deve colher nesta safra 5.781,8 toneladas de grãos, com área de 1.609,0 hectares. Em 2019/2020, a produção foi de 5.853,4 toneladas (área de 1.560,1 ha), informa a Conab. Em nível nacional, a colheita total de grãos deve ser de 264,8 milhões de toneladas.

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Em todo o país, a colheita de soja deve atingir 133,7 milhões de toneladas (foto: Conab/Divulgação)

O 4º Levantamento da Safra de Grãos divulgado nesta quarta-feira (13) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que o Tocantins produzirá no ciclo atual 1,2% a menos de grãos em relação ao período anterior, com aumento de 3,1% na área plantada. Apesar da retração, os resultados tocantinenses são históricos. 

Conforme o anúncio, a safra atual será de 5.781,8 toneladas de grãos, com área de 1.609,0 hectares. Em 2019/2020, a produção foi de 5.853,4t (área de 1.560,1 ha), informa a Conab.

A soja deverá ter aumento de 2,0% na produção, passando de 3.581,1 toneladas em 2019/2020 para 3.651,2 toneladas em 2020/2021. Já a área cultivada será 4,4% maior. No atual ciclo a estimativa é de 1.125,4 hectares. Já, no anterior, foi de 1.078,0 ha.

Conforme a Conab, “o clima em dezembro não foi muito favorável à semeadura, motivo pelo qual em muitas regiões identificou-se áreas com replantios. Apesar disso, as lavouras apresentam bom estado de desenvolvimento, com 90% da área semeada. A expectativa geral é de crescimento da área plantada em torno de 4,4% em razão dos altos investimentos dos agricultores em insumos, sementes e ainda a abertura/expansão de novas áreas”.

ÁREA DE MILHO

Já o milho, terá redução de 1,0% de área e - 9,3% de produção em relação à temporada agrícola passada. A Conab prevê colheita de 1.341,9 de toneladas do grão em 20/21. No ciclo passado foram contabilizadas 1.479,8 toneladas. A área prevista para este período é de 279,6 hectares (em 2019/2020 foram 282,3 ha).

O levantamento da Conab indica, entretanto, “redução na área semeada em torno de 6,5%, motivado pelo clima desfavorável (com ausência de chuvas e/ ou irregulares). Em algumas regiões, os agricultores optaram pela substituição da cultura pela soja de sequeiro devido à atratividade dos preços. O plantio iniciou-se de forma tímida e a previsão é que esse ritmo se intensifique a partir de janeiro”.

O ARROZ

No Tocantins, a previsão inicial é de aumento na área plantada em comparação ao exercício anterior, especialmente em razão da maior valorização do grão no mercado interno/externo. Com o advento das últimas chuvas ocorridas no estado, o plantio do arroz de sequeiro já teve início, mesmo que de forma incipiente, e a previsão é que a semeadura se intensifique a partir de janeiro.

NÚMEROS NACIONAIS

Com um aumento de área em 3,4%, a produção de soja na safra 2020/21 pode chegar a 133,7 milhões de toneladas no país. A oleaginosa é a principal cultura cultivada e representa cerca de 50% da colheita de grãos no Brasil, estimada em 264,8 milhões de toneladas, como indica o 4º Levantamento da Safra de Grãos. Divulgado nesta quarta-feira (13) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o boletim ainda revela que a produção total deve registrar um crescimento de 7,9 milhões de toneladas se comparado com a safra 2019/20, quando a colheita foi de 256,94.

A colheita da oleaginosa já teve início em Mato Grosso, conforme foi divulgado pela Companhia no Progresso de Safra desta semana. Principal estado produtor de soja, a produção poderá chegar a 35,43 milhões de toneladas, com uma ligeira queda com o estimado na safra anterior, mesmo com a expectativa de aumento na área plantada. O resultado é reflexo da estimativa de menor produtividade, uma vez que as condições climáticas de 2019 não se repetiram até então.

Outro grão de destaque é o milho. Com produção total estimada em 102,3 milhões de toneladas, a primeira safra do cereal deve apresentar uma queda de 6,9%. As condições climáticas desfavoráveis no momento do cultivo da primeira safra influenciaram a produtividade, principalmente no Sul do país. No Rio Grande do Sul, a diminuição neste índice foi estimada em 11%. Com isso, a produção tende a ser 9,3% menor. Em Santa Catarina, os percentuais de queda na produtividade e na colheita da primeira safra são ainda maiores, chegando a 14% e 12,7% respectivamente. Em ambos os estados, a área destinada ao plantio do grão deve crescer, o que reduz um pouco a queda no volume de produção.

No caso do arroz, o aumento de área foi menor do que o esperado, principalmente pelo fato de as chuvas não abastecerem satisfatoriamente as barragens que fornecem água para as lavouras irrigadas na região Sul. Além do menor aumento de área, as condições climáticas também impactaram a produtividade. Assim, a produção deve atingir 10,9 milhões de toneladas, queda de 2,5% em comparação com a safra anterior.

QUADRO DE OFERTA E DEMANDA

Neste 4a levantamento, houve uma revisão da periodicidade e metodologia do quadro de oferta e demanda de arroz. A Conab alterou a janela de análise anual de cada safra, passando do período de março a fevereiro para janeiro a dezembro.

Esta mudança já era solicitada pelo setor e visa trazer maior transparência e precisão nas estimativas de estoques, uma vez que, ao estimar o estoque de passagem em fevereiro, era preciso desconsiderar o produto novo colhido nos primeiros meses do ano. Isto gerava dificuldade na extração de tal informação, além de poder levar a uma interpretação equivocada do quadro de suprimento, em vista que o estoque físico real, ao final de fevereiro, é sempre maior do que o publicado como estoque de passagem.

Com esta mudança, o estoque físico real, ao final de dezembro, será igual ao publicado como estoque de passagem no fim do mesmo mês, pois a colheita do arroz inicia-se apenas em janeiro de cada ano. (Com informações da Conab)

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