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DANIEL MACHADO
DE BRASÍLIA (DF)
A abertura do mercado dos Estados Unidos para a carne brasileira abre uma possibilidade quase inédita para o Tocantins: a exportação de proteína animal para a maior potência econômica do planeta. Conforme dados colhidos pelo Norte Agropecuário no Comex Stat, sistema oficial de dados de transações comercias administrado pelo governo federal através da Secretaria de Comércio Exterior, em toda a história do Estado há apenas dois registros de comercialização de carne para os EUA: 2017 e 2018.
No entanto, os valores e os volumes são inexpressivos. Em 2017, foram 101 quilos de carne vendidos aos EUA por US$ 1.898. No ano seguinte, a comercialização foi um maior, mas nada significativo: 1.382 quilos de carne por US$ 14.634.
Os Estados Unidos têm uma população de mais de 327 milhões de habitantes, com fortes hábitos de grande consumo de carne na maioria da população. A carne tocantinense vem melhorando sua qualidade a cada ano.
A exemplo do que ocorre na Argentina, no Uruguai e nos estados mais ao Sul do Brasil, o gado tocantinense, quase na sua totalidade, é criado a pasto, em confinamento. Conforme o Norte Agropecuário mostrou nesta semana, há dois frigoríficos do Estado habilitados para exportar para os EUA: o Minerva, de Araguaína, e o Cooperfuigu, de Gurupi.
Impulsionadas pela abertura do mercado da China continental para a carne brasileira no ano passado, o Tocantins agora vislumbra um novo mercado, o que pode ampliar as exportações do Estado consideravelmente.
Em 2019, o Tocantins exportou US$ 188,93 milhões em carne, um valor 43,86% maior do que o registrado em 2018. Será que em 2020 os números serão melhores ainda?
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