Criada em 22/08/2021 às 11h07 | Agronegócio

Com quebra da safra de milho superior a 40%, produtores do Tocantins se preparam para altos custos de insumos para plantio da soja

“Estamos vivendo um momento bom de preço (de soja), mas tivemos um ano muito difícil por causa da pandemia. Custos de produção estão altíssimos. Não estamos encontrando glifosato e diquat, não estão no mercado, dificuldade para encontrar. O adubo também está muito caro”, diz Dari Fronza.

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Com estimativa de 1,1 milhão de toneladas, milho já foi todo colhido no Estado (Foto: Wenderson Araujo/Trilux/CNA/Divulgação)


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DANIEL MACHADO
DE BRASÍLIA (DF)

Ao finalizar a colheita total do milho no Tocantins e amargar perdas de mais de 40% da safra, os produtores rurais do Tocantins se preparam para uma nova dificuldade: a escassez e a alta dos preços dos principais insumos para o cultivo da soja, o principal ativo agropecuário do Estado.

Conforme o presidente da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho do Tocantins), Dari Fronza, relatos de agricultores informam quebra da safra de milho entre 40% a 60%. “Com certeza, teremos uma redução na safra de mais de 40%”, destacou o líder ruralista, ao frisar que a estimativa total de colheita de milho é de 1,1 milhão de toneladas. Antes dos problemas, havia otimismo e se esperava de 1,7 milhão de toneladas a 1,8 milhão de toneladas.

Conforme Fronza, a quebra tem dois grandes motivos: o atraso no cultivo, ocasionado pelas fortes chuvas de fevereiro e março que retardaram a colheita da soja e a praga da cigarrinha.

O atraso fez com que o milho fosse cultivado fora da janela ideal e a praga castigou as plantações. Fronza explica que a cigarrinha não tem ainda, um agente químico efetivo no combate. “Ela atingia o Brasil todo antes, mas no Tocantins 2021 foi o primeiro ano com força”, salientou.

CUSTOS DA SOJA

Agora, os agricultores começam a preparação para o cultivo da soja, mas a dificuldade de preço e escassez dos principais insumos já preocupam. “Estamos vivendo um momento bom de preço (de soja), mas tivemos um ano muito difícil por causa da pandemia. Custos de produção estão altíssimos. Não estamos encontrando glifosato e diquat, não estão no mercado, dificuldade para encontrar. O adubo também está muito caro”, salientou.

Por isso, Fronza destaca que não será nada fácil tocar as lavouras na safra de 2021/2022.

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