Criada em 18/06/2020 às 09h08 | Política brasileira

Plano Safra: Vice-presidente da CNA diz que governo “fez sua parte”, mas condena índices altos dos spreads bancários

Schreiner defendeu também a revisão do Sistema Financeiro no que se refere ao crédito rural. Outra questão que deve ser observada são os custos intrínsecos à contratação, como os registros cartorários, taxas para análises de projetos e a venda casada de produtos atrelados à contratação.

Imagem
José Mário Schreiner: “O setor agropecuário tomou para si a responsabilidade de garantir a segurança alimentar da população brasileira e do mundo. Revelou-se mais uma vez o pilar da reconstrução do nosso país” (foto: CNA/Divulgação)

O vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), deputado José Mário Schreiner, avaliou o Plano Agrícola e Pecuário 2020/2021 como positivo para o setor, considerando os aumentos no volume de recursos para crédito e seguro rural, disse que o agro continua sendo o "alicerce para a economia do país” e que a CNA trabalhou e continuará trabalhando para que os "recursos cheguem nas mãos dos produtores com taxas compatíveis à realidade atual".

Schreiner representou o presidente da CNA, João Martins, na cerimônia de lançamento do PAP 2020/2021, que aconteceu no Palácio do Planalto e teve a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, do vice-presidente Hamilton Mourão, da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, do ministro da Economia, Paulo Guedes, do ministro-chefe da Casa Civil, Braga Netto, do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, além de parlamentares, demais autoridades e lideranças do setor rural.

O PAP 2020/2021 vai disponibilizar R$ 236,3 bilhões, 6,1% a mais do que no ano passado, dos quais R$ 179,3 bilhões para custeio e comercialização e R$ 56,9 bilhões para investimentos. O Programa de Subvenção ao Seguro Rural (PSR) terá o volume recorde de R$ 1,3 bilhão, 30% a mais do que no ano passado, o que beneficiará a contratação de 298 mil apólices, a cobertura de 21 milhões de hectares e um valor segurado de R$ 58 bilhões. Também foram ampliados os recursos para os pequenos (Pronaf) e médios produtores (Pronamp).

O plano também traz reduções de 11,8% a 25% nas taxas de juros das linhas de financiamento contempladas. As taxas de juros menores eram uma das principais demandas da CNA para a safra 2020/2021, juntamente com a redução dos custos administrativos e tributários, os chamados spreads bancários, além de mais recursos para o programa de subvenção ao seguro rural.

Em seu discurso, Schreiner, que também preside a Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA e a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás, disse que as propostas do Plano Agrícola e Pecuário 2020/2021 vão dar mais ânimo para que o setor, que não parou durante a pandemia, permaneça contribuindo para o fortalecimento da economia brasileira.

“O setor agropecuário tomou para si a responsabilidade de garantir a segurança alimentar da população brasileira e do mundo. Revelou-se mais uma vez o pilar da reconstrução do nosso país”, afirmou.

Schreiner destacou os esforços da ministra Tereza Cristina nas negociações de taxas menores nas operações de crédito rural para a safra 2020/2021. Segundo ele, os juros devem acompanhar a queda da taxa Selic, que se confirmadas as previsões de que chegue a 2,25% neste ano, terá uma redução de 12 pontos percentuais desde 2016. No mesmo período, ressaltou, a taxa de custeio agropecuário caiu apenas 1,5 ponto percentual.

“O governo fez sua parte. Se as taxas de juros ainda deixam a desejar, isso pode ser atribuído aos spreads bancários, que ainda são altos”, afirmou.

O vice-presidente da CNA defendeu, também, a revisão do Sistema Financeiro no que se refere ao crédito rural. “Entendemos que há exigências legais que contribuem para a elevação dessas taxas, porém acreditamos que seja hora de rever todo o arcabouço regulatório”. Outra questão que deve ser observada, na sua avaliação, são os custos intrínsecos à contratação do crédito rural, como os registros cartorários, taxas para análises de projetos e a venda casada de produtos atrelados à contratação do crédito.

“Parabenizamos a ministra Tereza Cristina por ter assinado, junto com o ministério da Justiça, um acordo de cooperação técnica para coibir a prática da venda casada. É a primeira vez que o governo federal se posiciona proativamente contra essa prática ilegal”.

Em seu discurso, o vice-presidente da CNA reforçou que é preciso haver eficiência na utilização dos recursos do Tesouro, principalmente naqueles destinados a pequenos e médios produtores. "Não podemos deixar que esses recursos se percam ao longo do caminho”.

Schreiner falou, ainda, de outras ações do governo para modernizar a política agrícola brasileira, como a MP do Agro, convertida na Lei 13.986/2020, que permitirá a diversificação das fontes de financiamento, trazendo recursos do mercado privado para aumentar o funding do setor e permitirá melhorias no ambiente de negócios, reduzindo parte da burocracia e dos custos de observância no setor.

SEGURO

Schreiner destacou também a importância que o atual governo tem dado ao seguro rural, com o aporte de mais recursos e uma série de melhorias na regulação. “Para a nova safra, certamente muitos mais produtores serão atendidos com esse programa, reduzindo parte da volatilidade inerente à nossa atividade”, reforçou. Ele lembrou que o presidente da CNA, João Martins, tem defendido reiteradamente a mudança de paradigma na política agrícola brasileira, por meio do fortalecimento dos instrumentos de gestão de riscos para a atividade agropecuária.

Neste contexto, frisou, o avanço no segmento de seguros rurais é essencial para a atração de fontes alternativas de financiamento para o setor no mercado privado, para o planejamento do produtor rural e para a garantia de renda.

Por fim, o vice-presidente da CNA reiterou que é importante reforçar a competitividade e resiliência da agropecuária brasileira. Disse, ainda, que apesar de não estar imune à crise, o setor seguirá produzindo e fazendo sua parte. Desta forma, não se pode deixar de investir em tecnologia, fator chave do sucesso do agro brasileiro. “Precisamos pensar no futuro, pensar nas demandas da moderna agropecuária. acreditamos que o setor está maduro o suficiente para discutir as mudanças necessárias na política agrícola”, concluiu.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, destacou o trabalho do agro neste período de pandemia, afirmando que o setor não parou. “O Brasil é um país fantástico e um retrato dele é o que vemos no campo, que garante a nossa segurança alimentar”.

A ministra Tereza Cristina disse estar satisfeita com as condições do PAP 2020/2021, com mais recursos, juros menores e melhores condições de financiamento para o setor enfrentar a pandemia. Segundo ela, a partir de agora, torna-se fundamental o setor continuar batendo recordes de produção e garantir a oferta de alimentos ao Brasil e ao mundo.

“Graças ao trabalho do agro, que sempre contou com o apoio do presidente Bolsonaro e da área de infraestrutura e logística, mantivemos o abastecimento no país e honramos os compromissos com os parceiros comerciais. Depois de enfrentarmos essa pandemia, nós brasileiros saberemos valorizar mais quem está no campo e faz chegar à nossa mesa comida farta e de qualidade”. (Da CNA)

 

 

 


Clique no ícone acima e ouça a entrevista

 


 

 

  

 

Somadas, riquezas produzidas pelo campo tocantinense devem alcançar montante de R$ 9,8 bilhões neste ano de 2020

CLIQUE AQUI E VEJA OS NÚMEROS DETALHADOS DO VBP DO TOCANTINS 

Diferente da tendência nacional, que prevê queda, estimativa da safra de grãos do Tocantins é ainda maior, aponta Conab

Cadeia produtiva da carne gera mais de 315 mil empregos e faz circular R$ 7 bilhões por ano em todos segmentos do comércio

Clique aqui e veja o que foi publicado sobre números do VBP do Tocantins e do Brasil

Ação solidária e balanço de exportação de carne são destaques do Norte Agropecuário no Rádio

União de produtores, segmentos da sociedade e iniciativa de empresa do agro abre leitos hospitalares no Tocantins

CLIQUE AQUI E OUÇA TODAS AS EDIÇÕES DO NORTE AGROPECUÁRIO NO RÁDIO

VEJA TAMBÉM 

Plataforma digital com dados espaciais da região do Matopiba será útil nas ações de extensão rural e assistência técnica

LEIA MAIS NOTÍCIAS SOBRE A FRONTEIRA AGRÍCOLA DO MATOPIBA

CLIQUE AQUI E CONFIRA TODAS AS EDIÇÕES DO NORTE AGROPECUÁRIO NO RÁDIO  

 

 

CLIQUE AQUI E LEIA O QUE FOI PUBLICADO SOBRE O CORONAVÍRUS 



 

 

“Apesar dos esforços, comunicação do agro não conseguiu chegar na população e mostrar a importância do segmento”, diz ministra

Agro deve tratar comunicação como 'insumo' e mostrar à sociedade sua importância, dizem produtor e profissionais

Agricultor brasileiro é um dos que menos desmata no mundo

Cadeia produtiva da carne gera mais de 315 mil empregos e faz circular R$ 7 bilhões por ano em todos segmentos do comércio

Valor bruto da produção agropecuária do Estado do Tocantins neste ano deve ser de mais de R$ 9,7 bilhões

 

 

Norte Agropecuário no Rádio aborda queda no abate de gado e balanços econômicos de culturas agrícolas

“Não há políticas públicas de retenção dos bovinos; frigoríficos poderiam estar trabalhando na plenitude da capacidade”, diz Sindicarnes-TO

César Halum dá detalhes sobre realização da Agrotins 2020 de forma virtual 

CLIQUE AQUI E CONFIRA TODAS AS EDIÇÕES DO NORTE AGROPECUÁRIO NO RÁDIO  

Após retração de 3,2% em 2019, Tocantins registra queda de 15% no abate de bovinos no primeiro trimestre deste ano de 2020

Cadeia produtiva da carne gera mais de 315 mil empregos e faz circular R$ 7 bilhões por ano em todos segmentos do comércio

IBGE aponta queda de 3,2% no abate de bovinos no Estado do Tocantins no ano passado

Em três anos, mais de 2 milhões de cabeças de gado “somem” do Tocantins; Estado deixa de arrecadar meio bilhão de reais

Frigoríficos brasileiros abateram 1,019 milhão de bovinos em março; queda é de 47%, aponta Mapa

Recorde de exportações e análise do mercado do boi no Tocantins são destaques do Norte Agropecuário no Rádio na Jovem FM

“Sumiço” de 2 milhões de bovinos, produtividade do milho e técnica para plantio de mandioca são destaques no rádio

Técnica desenvolvida para piscicultura e reabertura do comércio da carne para EUA são destaques do Norte Agropecuário no Rádio

 

 




Reajuste do ICMS dos frigoríficos vai estourar no produtor e no consumidor, diz presidente do Sindicato Rural de Araguaína

AGROVERDADES: CLIQUE AQUI E ASSISTA O FÓRUM DO AGRONEGÓCIO DO TOCANTINS, EM ARAGUAÍNA

Aumento da alíquota do ICMS para frigoríficos transformará carne do Tocantins na mais cara do Brasil, aponta especialista

Cadeia produtiva da carne gera mais de 315 mil empregos e faz circular R$ 7 bilhões por ano em todos segmentos do comércio

Pecuaristas pedem adiamento por 150 dias do início da vigência do reajuste de alíquota do ICMS dos frigoríficos do Tocantins

Reajuste do ICMS para frigoríficos do Estado do Tocantins vai impactar o produtor, afirma pecuarista da região de Araguaína

“Cadeia da carne não se nega a pagar imposto, mas governo não pode virar monstro devorador de indústria”, afirma diretor do SRA

Revogação de benefícios a frigoríficos gera “alto custo” ao setor, impacta no abastecimento e formação de preço, diz juiz

Sem acordo: Governo propõe alíquota de 4,5%, mas frigoríficos querem 1,8%; comissão será criada para estudar o tema 

 








 CLIQUE NOS LINKS ABAIXO E SAIBA MAIS SOBRE O TEMA 

Fator coronavírus: SRA reforça pedido de diálogo com governo e defende redução de impostos para baratear preço da carne

Fieto pede ao governo do Estado suspensão de aumento de ICMS para frigoríficos do Tocantins

Reajuste do ICMS dos frigoríficos pode gerar “fantasma do desemprego”, alta do preço da carne e desabastecimento, diz SRA

CLIQUE AQUI E VEJA A CÓPIA DO COMUNICADO ENVIADO PELO SRA À ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

VEJA NESTE LINK A CÓPIA DA SOLICITAÇÃO DA FAET AO GOVERNO DO TOCANTINS

Produtor pagará a conta, afirma vice-presidente do Sindicato Rural de Araguaína sobre aumento do ICMS para frigoríficos

Pecuaristas pedem adiamento por 120 dias do início da vigência do reajuste de alíquota do ICMS dos frigoríficos do Tocantins

Tags:

Comentários


Deixe um comentário

Redes Sociais
2024 Norte Agropecuário