A Sociedade Rural Brasileira vem a público parabenizar a ministra da Agricultura Tereza Cristina pela adequada e rápida atuação no episódio recente envolvendo registros de vaca louca atípica em Mato Grosso e Minas Gerais.
“O Ministério da Agricultura conduziu o assunto de forma exemplar e rapidamente conseguimos o aval internacional, reafirmando os altos padrões de sanidade do rebanho brasileiro”, afirmou a presidente da SRB, Teresa Vendramini.
No último sábado, 4 de setembro, a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou a ocorrência de dois casos atípicos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) – conhecida como o “mal da vaca louca” – em frigoríficos de Nova Canaã do Norte (MT) e de Belo Horizonte (MG). O Mapa esclareceu que estes foram o quarto e quinto casos de EEB atípica registrados em mais de 23 anos de vigilância para a doença e que o Brasil nunca registrou a ocorrência de caso de EEB clássica.
No comunicado, o governo também informou que todas as ações sanitárias de mitigação de risco foram concluídas antes mesmo da emissão do resultado final pelo laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde (OIE). A EEB atípica ocorre de maneira espontânea e esporádica e não está relacionada à ingestão de alimentos contaminados. Portanto, foi descartado qualquer risco para a saúde humana e animal. Os dois casos de EEB atípica – um em cada estabelecimento – foram detectados durante a inspeção ante-mortem. Trata-se de vacas de descarte que apresentavam idade avançada e que estavam em decúbito nos currais.
Posição da OIE
A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) emitiu relatório na última segunda-feira, 6 de setembro, declarando como encerradas as investigações sobre os casos de “doença da vaca louca atípica”. O documento confirmou que não havia riscos para a cadeia de produção bovina e, como resultado, o Brasil manteve a sua classificação como país de risco insignificante para a doença. Por este motivo, a expectativa é de que não haja impacto no comércio de animais, produtos e subprodutos.
No dia em que fez o comunicado oficial, o Mapa informou que estava suspendendo temporariamente as exportações de carne bovina para China, em cumprimento ao protocolo sanitário firmado entre o país e o Brasil. A medida segue em vigor até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações já repassadas sobre os casos. Especialistas afirmam que, com o documento da OIE, a China já dispõe de um laudo técnico para avançar nesta análise. (Da SRB)
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