Criada em 06/08/2017 às 10h38 | Política brasileira

Em meio a tentativa de se salvar na Câmara, Temer atende congressistas e beneficia até propriedade da família de Blairo

Presidente da República apoiou mudança de traçado para obra de rodovia no Mato Grosso que ainda não tem licenciamento ambiental. Reivindicação de ruralistas, o traçado da obra beneficia uma das fazendas do grupo empresarial do ministro da Agricultura.

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O presidente Michel Temer e Blairo Maggi em recente evento em Brasília: apoio a congressistas beneficiou também o ministro, aponta apuração do jornal Folha de S.Paulo (foto: Reprodução)

Em meio a negociações que antecederam a votação, na Câmara dos Deputados, do relatório da autorização para que fosse ou não investigado por corrupção, o presidente Michel Temer apoiou construção de estrada sem licenciamento ambiental em Mato Grosso.

Reivindicação de ruralistas, o traçado da obra beneficia uma das fazendas do grupo empresarial do ministro da Agricultura, Blairo Maggi. As informações são da Folha de S.Paulo.

A reportagem intitulada “Antes de sessão, Temer apoiou estrada pedida por ruralistas”, de autoria do jornalista Rubens Valente, da sucursal da Folha, em Brasília, aponta que o apoio do presidente à obra foi confirmado pelo líder do grupo de produtores rurais que defende a BR-242, pelo deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio, e pelo governador do Estado, Pedro Taques (PSDB). “Os três disseram, em reunião pública gravada na semana passada em Nova Ubiratã, que Temer escalou o ministro de Governo, Antonio Imbassahy (PSDB-BA), para tratar do assunto e marcou reunião na semana que vem”, informa o jornal.

Ainda conforme a Folha, Nilson Leitão, em pronunciamento na reunião, disse que o "presidente que nos apoia, Michel Temer, tem dado todo apoio a essas obras".

Segundo o jornal, a estrada de 194 km, a BR-242, ainda não tem licença aprovada pelo Ibama, órgão federal responsável pela autorização. “O Ibama detectou, ao longo do traçado, sítios arqueológicos, grutas com pinturas e inscrições rupestres e matas consideradas vitais para cabeceiras de rios que cruzam o Parque Indígena do Xingu, cujo extremo sul fica a apenas 10 quilômetros do traçado da rodovia”. (Com informações da Folha de S.Paulo)

Clique aqui e leia a reportagem da Folha na íntegra

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