Oswaldo Stival Júnior fala sobre reunião com deputados
O presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Carnes Bovinas, Suínas, Aves, Peixes e Derivados do Estado do Tocantins (Sindicarnes), Oswaldo Stival Júnior, defendeu junto a deputados estaduais diálogo mais aprofundado sobre a proposta do governo do Estado de reduzir a alíquota do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do gado vivo para venda a outros Estados. “Somos uma cadeia produtiva e a cadeia não pode privilegiar um ou outro, tem que estar sempre em equilíbrio”, disse Stival Júnior, que discutiu o projeto com o presidente da Assembleia, Mauro Carlesse, e os deputados Olyntho Neto e Wanderlei Barbosa.
LEIA TAMBÉM
Donos de frigoríficos vão à Assembleia Legislativa discutir projeto que reduz ICMS do gado
REDUÇÃO DO ICMS DO GADO DEVE LEVAR 30 DIAS PARA VIRAR LEI
Cadeia da pecuária pagou R$ 15 milhões de ICMS neste ano ao Estado
Governador envia à Assembleia proposta de redução do ICMS do gado
O projeto, que atende a pecuaristas, deu entrada há duas semanas na Assembleia Legislativa, com previsão de queda de 7% para 4% do índice cobrado nas transações do gado. “Colocamos a nossa preocupação para os deputados, que falaram sobre seus compromissos com o Estado, com os produtores e a economia. Não trouxemos nenhuma solução pronta, mas sim a disposição de dialogar, de discutir com os produtores a melhor saída para todos os lados”, afirmou.
Conforme a assessoria de comunicação da Assembleia, o presidente da Casa, deputado Mauro Carlesse, reafirmou o compromisso da atual gestão de discutir a matéria de forma independente, transparente e participativa. “Essa iniciativa será amplamente discutida. Todos os interessados terão vez e voz, não apenas em relação a este projeto, mas a todos que estão tramitando ou venham a tramitar nesta Casa”, garantiu.
QUEDA DOS ABATES
Na reunião, Stival mostrou a deputados um levantamento sobre o déficit de gado para abate nas plantas frigoríficos do Tocantins e também redução anual no abate. “Temos uma indústria com capacidade de abater 2 milhões de cabeças de gado. Nos últimos três anos houve queda. Em 2014, por exemplo, abatemos 1.030 milhão. No ano seguinte, 980 mil cabeças. Em 2016, foram 900 mil animais e neste ano a previsão é de 850 mil”, disse.
Os números justificam a seguinte tese dos donos de frigoríficos: que, em meio à necessidade de matéria-prima interna, a redução da alíquota do ICMS facilitaria a saída do gado e, consequentemente, os frigoríficos seriam obrigados a comprar gado de outros Estados.
SAIBA MAIS SOBRE O TEMA:
Membro do "Levanta a Cabeça" cobra política governamental de apoio ao agronegócio
Rodrigo Guerra: “Decisão de baixar ICMS do gado resolve problema de mercado em curto prazo”
Estado frustra pecuaristas ao não enviar à AL proposta de redução do ICMS do gado
Pecuaristas discutem nesta quarta plano de ação e mobilização sobre reivindicações
Criadores de gado seguram boi no pasto e querem redução de alíquota do ICMS
Governo do Estado afirma que redução do ICMS requer estudo de impactos
Após queda no preço do boi, pecuaristas discutem crise do setor no Tocantins
Sindicarnes diz estar atento a decisões e quer discutir crise da pecuária
Deixe um comentário