Criada em 29/03/2017 às 21h01 | Agricultura

Produtores e comunidade debatem futuro do Rio Formoso e medidas para evitar colapsos no período de estiagem

Encontro será nessa quinta-feira, em Lagoa da Confusão. A intenção é controlar a vazão das bombas de captação para irrigação e criar programas de preservação envolvendo produtores, comunidade e órgãos ambientais.

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Teste de captação foi realizado com sucesso recentemente durante apresentação do sistema (foto: Assessoria de Comunicação)

A Associação dos Produtores Rurais do Sudoeste do Tocantins (Aproest) participará, como habilitada, nessa quinta-feira, 30, audiência pública para discutir um novo modelo de gestão hídrica na Bacia do Rio Formoso para evitar um colapso na vazão do rio nos períodos de estiagem, prejudicando a produção e todo o ecossistema da região.  Em 2016, o Rio Formoso chegou a níveis críticos, gerando o alerta em todos os municípios da região. A intenção é controlar a vazão das bombas de captação para irrigação e criar programas de preservação envolvendo produtores, comunidade e órgãos ambientais.

A audiência acontecerá durante todo o dia na Lagoa da Confusão e foi convocada pelo juiz Wellington Magalhães, da comarca de Cristalândia. Na oportunidade os produtores irão apresentar os resultados preliminares dos testes do projeto de controle de vazão das bombas de captação de água do Rio Formoso, considerado o primeiro passo de um ambicioso projeto de recuperação do Rio Formoso. Esta será a segunda audiência pública relacionada com a Ação Cautelar Ambiental proposta pela Promotoria de Cristalândia em desfavor do Estado do Tocantins que discute os impactos da irrigação na região e que cobra um novo modelo de gestão dos recursos hídricos da região.

De acordo com o presidente da Aproest, Victor Rodrigues da Costa   os produtores querem ser protagonistas neste debate e já se organizaram em associação para uma ação efetiva, com investimentos financeiros e uma perceptível mudança de atitude em relação ao uso racional das águas da bacia do Formoso.  “O que ocorreu ano passado serviu de alerta para todos que tem uma relação direta com rio, incluindo as comunidades e devemos agir agora para evitar que não se repita o que houve em 2016, mesmo diante de uma forte estiagem”, explica o presidente.

Participam também da audiência pública, órgãos ambientais, autoridades dos municípios da bacia do Rio Formoso, o Ministério Público e técnicos da Universidade Federal do Tocantins que atua em parceria com os produtores através do Instituto de Atenção às Cidades que desenvolveu a metodologia para medir a vazão das bombas com transmissão de dados em tempo real para universidades e órgãos ambientais. O projeto  está sendo bancado pelos próprios produtores e deve se tornar uma referência na gestão hídrica para o País.

TESTE DE SUCESSO

No mês passado, o Instituto de Atenção às Cidades realizou o primeiro teste, implantando medidores numa bomba de captação numa fazenda na região de Lagoa da Confusão. Segundo o doutor em hidrologia Felipe Marques, a tecnologia se mostrou eficiente e está pronto para ser implantada em todas as propriedades da região, permitindo um controle rigoroso da oferta de água, de acordo com a demanda dos produtores, permitindo total controle por parte dos órgãos ambientais.

O advogado da Associação dos Produtores, Wagno Milhomem destaca também que está havendo um grande esforço por parte da diretoria da Associação para conscientizar todos os proprietários de terra da região a aderirem ao projeto, bem como de toda a comunidade.   “O sucesso deste programa depende da adesão de todos ao uso desta tecnologia.  Este é o nosso grande desafio neste momento: mostrar as autoridades e a comunidade que estamos atuando de forma transparente e adotando medidas práticas e concretas para assegurar a vitalidade e a perenização dos rios da bacia do Formoso, em toda a sua plenitude, mesmo em períodos críticos de estiagem.

O presidente da Associação, Victor Rodrigues da Costa disse que está mobilizando todos os produtores para a audiência. “ Ninguém tem mais interesse na preservação do Rio Formoso do que os próprios produtores que dele dependem com uma gigantesca cadeia produtiva que gera milhares de empregos na região”, finalizou o presidente. (Da Assessoria de Comunicação)

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