Criada em 08/09/2017 às 12h08 | Agricultura

Zoneamento agrícola de risco climático minimiza perdas e garante capacidade de investimento, diz pesquisador da Embrapa

Para Ary Fortes, ZARC é ferramenta de gestão. Ele apresentou como o zoneamento impacta no crédito, no seguro, e, consequentemente, no incentivo à expansão de culturas e regiões produtivas. Mecanismo permite também a formulação efetiva de políticas agrícolas.

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Zoneamento contribui para a redução de gastos públicos, já que a oferta de crédito pelos bancos ao produtor é garantida para o plantio em épocas corretas (foto Marcelo Camargo\Agência Brasil\Arquivo)

Fernando Sinimbu
DE TERESINA (PI)

Um dos mais importantes instrumentos de apoio à produtividade na agricultura, o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), foi apresentado esta semana aos agricultores dos cerrados do Piauí. O pesquisador Ary Fortes, da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas/SP), mostrou, em detalhes, como o zoneamento impacta no crédito, no seguro, e, consequentemente, no incentivo à expansão de culturas e regiões produtivas.

Criado em 1996, pela Embrapa, o zoneamento, disse Fortes, “avalia risco em datas ou períodos de plantio por cultura e por município, considerando a característica do clima, o tipo de solo e ciclo da cultivar, de forma a evitar que adversidades climáticas coincidam com fases sensíveis das culturas, minimizando as perdas agrícolas”. Ele permite também a formulação efetiva de políticas agrícolas.

Como ferramenta de gestão, segundo o pesquisador, o ZARC “minimiza os riscos de perdas por adversidades climáticas incontroláveis, garantindo a capacidade de investimento do agricultor, além de ser um importante indutor de adoção de tecnologia”. Ary Fortes disse também que o zoneamento contribui para a redução de gastos públicos, já que a oferta de crédito pelos bancos ao produtor é garantida para o plantio em épocas corretas.

Ele defendeu a instalação de mais estações metereológicas no Estado do Piauí, que, no entender do pesquisador, “ajudaria muito na coleta de dados para construção dos futuros zoneamentos”. A apresentação foi feita na terça-feira 5, durante a 5ª Reunião da Câmara Setorial do Agronegócio Piauiense, no plenário da Câmara de Vereadores do município de Uruçui, a 453 quilômetros a sudoeste de Teresina.

O Zoneamento Agrícola de Risco Climático de 2017 foi construído por 120 empregados da Embrapa, entre pesquisadores e analistas. No Piauí, participaram do trabalho os pesquisadores Aderson Andrade Júnior e Paulo Fernando Vieira.

ALIANÇA PARA INOVAÇÃO

O pesquisador Edvaldo Sagrilo, chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Meio-Norte, foi o último palestrada da 5ª reunião da Câmara Setorial do Agronegócio Piauiense. Ele apresentou aos agricultores o programa Aliança para Inovação Agropecuária na Região Meio-Norte, que “está trabalhando um novo formato de plataforma de pesquisa, onde estratégias e estruturas sejam compartilhadas”. O foco, segundo ele, é no mercado de inovações e no desenvolvimento da agropecuária. (Da Embrapa Meio-Norte)

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