Criada em 27/07/2017 às 18h30 | Política brasileira

Ministro da Agricultura admite que não há recursos para pesquisa no país; presidente da empresa pede apoio a gestor e deputados

Durante posse de novos diretores da Embrapa, Blairo Maggi reforçou, entretanto, país tem “inteligência e capacidade para programar nosso futuro”. Presidente da empresa pediu apoio ao gestor e aos parlamentares para que o Brasil continue a investir em pesquisa pública.

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Blairo Maggi e Maurício Lopes dão posse a novos diretores da Embrapa, em Brasília (foto: Antônio Araújo/Mapa)

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, presidiu nesta quarta-feira (26) a cerimônia de posse dos novos diretores-executivos da Embrapa: Lúcia Gatto, Celso Luiz Moretti e Cleber Oliveira Soares. “Os novos diretores-executivos assumem seus cargos com o compromisso de continuar a fazer da Embrapa uma instituição respeitada e importante no futuro, como foi no passado e nos dias de hoje”, enfatizou Maggi.

Eles foram nomeados pelo presidente da República no último dia 19, conforme publicação no Diário Oficial da União (DOU), após uma seleção feita com base na Lei das Estatais e conduzida pelo Conselho de Administração da Embrapa (Consad), que elaborou lista tríplice a partir de documentos enviados por 142 inscritos.

De acordo com o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, o processo de transição foi feito com muito cuidado e profissionalismo, com base apenas na competência e na trajetória profissional de cada um dos candidatos.
Maggi deu um recado aos novos diretores-executivos: a pesquisa brasileira não tem recursos para investimentos hoje, “mas temos inteligência e capacidade para programar nosso futuro”. E continuou: “não podemos sonhar grandes transformações, mas podemos planejar o desenvolvimento da agricultura e a segurança do agricultor”.

Lopes, por sua vez, disse que o momento de mudança gerencial é importante para todas as organizações, mas especialmente para uma instituição de ciência e tecnologia. “É uma transição que não deixa de ser um aumento da vibração para novos ciclos evolutivos da pesquisa e da agricultura brasileira”, afirmou o presidente.

Segundo ele, uma instituição de ciência precisa se reinventar o tempo todo para acompanhar os novos tempos, as novas demandas da sociedade. Por isso, Lopes pediu apoio ao ministro e aos parlamentares para que o Brasil continue a investir em pesquisa pública, uma vez que o País pode, no futuro, alcançar a posição de uma nação poderosa e influente. “Para isso, o caminho a ser trilhado passa pelo cumprimento da nobre missão de prover alimentos para sua população e para o mundo”, disse.

OS NOVOS DIRETORES

Os novos diretores-executivos trataram de alguns desafios que vão enfrentar daqui para frente. Segundo Lúcia Gatto, algumas de suas metas são a busca por uma gestão enxuta e pela ampliação da captação de recursos e das parcerias para o desenvolvimento institucional, o aprimoramento dos recursos humanos, o fortalecimento das capacitações em áreas e temas estratégicos para gestão.

Para Cleber Oliveira Soares, o momento é ímpar para iniciar um novo ciclo, “virar a chave”, olhar para o futuro, fazer escolhas e posicionar a Empresa em um futuro que acontece a cada dia. Para isso, a transferência de conhecimentos e tecnologias e a inovação tecnológica, negocial e mercadológica, são eixos vitais para o reposicionamento da Embrapa e do Brasil como protagonistas do agronegócio mundial.

“Vamos fortalecer e aumentar a conexão da Embrapa com os diferentes segmentos das cadeias produtivas”, disse o novo diretor Celso Luiz Moretti. “Estaremos total e visceralmente conectados com as demandas da agropecuária brasileira”. (Com informações da Embrapa)

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