Criada em 28/03/2017 às 02h30 | Política brasileira

“Técnicos não têm que ficar fazendo favor político para cá e para lá”, afirma Blairo Maggi a superintendentes da Agricultura

O representante do Tocantins, Rodrigo Guerra, participou do encontro. Blairo Maggi pediu relato de possíveis pressões políticas nos Estados. De 27 superintendentes, 17 são indicados por políticos locais.

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Superintendentes federais da Agricultura em reunião com ministro Blairo Maggi debate pressão política nos Estados (foto: Divulgação)

O recado foi dado: “As pessoas podem ter chegado a esse posto com o apoio político, porém, a responsabilidade deles é para com o Brasil, é para com o Ministério da Agricultura e que eles não façam e não sigam o caminho de atender pleitos políticos e coisas técnicas. Coisas técnicas são resolvidas com os técnicos da estrutura do Ministério da Agricultura e não tem que ficar fazendo favor político para cá e para lá”.

A frase é do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que deu o tom da reunião com superintendentes de todos os Estados nesta segunda-feira, 27.

O representante do Tocantins, Rodrigo Guerra, participou do encontro. O Tocantins, entretanto, não foi alvo da operação Carne Fraca, da Polícia Federal.

O ministro disse que não vai aceitar interferências políticas nos estados. Ele pediu relato de possíveis pressões políticas nos Estados. De 27 superintendentes, 17 são indicados por políticos locais. A influência política nas superintendências ganhou destaque na operação Carne Fraca por causa da pressão de deputados do Paraná para nomear e manter no cargo Daniel Gonçalves Filho, Superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná, investigado na Operação Carne Fraca. Ele foi flagrado num grampo, por exemplo, com o hoje ministro da Justiça, Osmar Serraglio, na época deputado. Serraglio, no telefone, chama o acusado de “grande chefe”.

QUEM É RODRIGO GUERRA

Agropecuarista, Rodrigo Guerra, foi indicado ao cargo pelo deputado federal Lázaro Botelho, do PP, que preside a Comissão de Agricultura da Câmara. Assumiu o cargo em 8 de julho do ano passado no lugar do ex-deputado estadual José Augusto Pugliese. Apesar da indicação política, Guerra conhece o segmento agropecuário. Pecuarista, foi presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Araguaína. É formado em administração de empresas, com graduação em gestão do agronegócio. Ocupava a presidência da Valecoop, a Cooperativa de Produtores Rurais do Vale do Araguaia, com 550 cooperados. Guerra é filho de Rubens Vieira Guerra, que foi o primeiro secretário de infraestrutura do Estado do Tocantins.

Blairo Maggi e Rodrigo Guerra antes da reunião em Brasília 

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