Criada em 19/07/2017 às 04h35 | Agronegócio

“Setor produtivo cobra dos governos mais eficiência e menos burocracia”, diz subsecretário da Seagro; “Agro +” é uma saída

Programa deveria ter sido lançado em novembro de 2016 no Tocantins, mas foi adiado e ainda não tem data definida. Porém, a expectativa do subsecretário é buscar viabilizar o programa do governo federal no Estado.

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Ronison Parente em audiência com o governador Marcelo Miranda: “A Secretaria de Agricultura não trabalha só. Ela desenvolve um trabalho articulado com todos os organismos governamentais e não-governamentais" (foto: Reprodução/SecomTO)

Programa que busca reduzir a burocracia das medidas e iniciativas voltadas ao campo, o “Agro+” é uma das alternativas do governo do Tocantins para propiciar ao agronegócio do Estado melhores condições de produção.

Essa é a aposta de Ronison Parente Santos, recém-empossado subsecretário de Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária do Tocantins, que nessa terça-feira, 18, conheceu os projetos desenvolvidos pela pasta e foi apresentado à equipe comandada por Clemente Barros. “O setor produtivo cobra dos governos mais eficiência e menos burocracia. Neste sentido estaremos lançando em breve o Plano “Agro +”. O objetivo é dar respostas rápidas ao setor produtivo, simplificar os processos para quem produz e fortalecer o produtor para permitir que ele amplie sua capacidade de competitividade”, disse.

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AGRO + TO DEVERIA TER SIDO LANÇADO EM NOVEMBRO; CONFIRA

O “Agro +” deveria ter sido lançado em novembro de 2016 no Tocantins, mas foi adiado e ainda não tem data definida. Porém, a expectativa do subsecretário é buscar viabilizar o programa do governo federal no Estado. “O foco do  Plano “Agro-+” será otimizar os recursos do setor produtivo, permitindo aumentar o emprego e renda ao longo de toda a cadeia produtiva.”

Em entrevista ao Norte Agropecuário, Ronison Parente fala de seus planos no cargo, como o governo do Estado pode desenvolver, de fato, seu papel em benefício do homem e da mulher do campo e o principal: qual a saída para implementar os projetos diante de um cenário econômico desfavorável quando o próprio governo reduziu a capacidade financeira e de investimento da Seagro.

Confira aqui os principais trechos da entrevista:

Norte Agropecuário - Qual será sua participação no apoio à Seagro para dinamização do agronegócio do estado?

Ronison Parente Santos - Chegamos neste momento na Seagro para somar à equipe que já desenvolve um bom trabalho. Estive na tarde desta terça-feira reunido na secretaria e tomei conhecimento dos projetos que vem sendo desenvolvidos pela atual equipe da Seagro. Disse inclusive a eles que precisamos divulgar esses projetos que vem sendo tocado e que a sociedade não conhece. Agora é natural que a chegada de novos nomes traz novo oxigênio e dinamiza as ações. Mas chegamos com humildade e respeito ao trabalho que vem sendo desenvolvido, por profissionais experientes e que já tem uma larga força de trabalho prestado ao setor agropecuário de nosso estado.

Norte Agropecuário - No que o governo do Estado poderia, através da Seagro, ajudar a impulsionar o agronegócio do Tocantins?

Ronison Parente Santos - Temos o entendimento de que o agronegócio tem contribuído de forma expressiva na redução dos efeitos negativos de outros setores que compõe o PIB do estado. O agronegócio é forte gerador de renda e contribui majoritariamente no saldo de nossa balança comercial. Compreendemos que o agronegócio causa impactos positivos não só no setor agropecuário, mas também em outros segmentos como o de transportes, serviços, comércio e na agroindústria. Agora o principal papel da Seagro é desenvolver ações gerenciais das cadeias produtivas. É elaborar estudos e apoiar fortemente a promoção de pesquisas. A Secretaria de Agricultura não trabalha só.  Ela desenvolve um trabalho articulado com todos os organismos governamentais e não-governamentais, e com todos   aqueles que compõem os elos de uma cadeia produtiva. O setor produtivo cobra dos governos mais eficiência e menos burocracia. Neste sentido estaremos lançando em breve o Plano “Agro-+”. O objetivo é dar respostas rápidas ao setor produtivo, simplificar os processos para quem produz e fortalecer o produtor para permitir que ele amplie sua capacidade de competitividade. O foco do  Plano “Agro-+” será otimizar os recursos do setor produtivo, permitindo aumentar o emprego e renda ao longo de toda a cadeia produtiva.

Norte Agropecuário - A soja é um dos principais produtos do Estado. O que o governo  pode contribuir para agregar valor à cadeia produtiva e fazer do Estado deixar de ser simples produtor?

Ronison Parente Santos - O Tocantins teve uma safra recorde no período 2016/2017 . Foram aproximadamente 4,4 milhões de toneladas. E a soja liderou essa produção com quase 2,8 milhões de toneladas. Essa posição da soja está consolidada e deve ser ampliada ainda mais nas próximas safras. A agregação de valor através do processamento de produtos primários, como a soja é sem dúvida uma das principais estratégias para dar viabilidade econômica ao sistema de produção. Por se tratar de uma oleaginosa tem se  inúmeras possibilidades,  a exemplo do esmagamento do grão que já é feita aqui na região de Porto Nacional, mas que naturalmente deve ser implementada em outras regiões do estado, que são polos de produção desta cultura. A agroindustrialização já é um processo em andamento no estado do Tocantins, e é  inevitável a consolidação deste processo. Neste sentido a parceria do governo com outros organismos como a FIETO é fundamental para avançarmos no processo de agroindustrialização. Agora é importante que toda e qualquer política pública que se tenha em relação a esta  cultura, que se dialogue com os produtores.  Neste sentido existe a Aprosoja, uma entidade que representa a classe de produtores e que desenvolve ações e projetos que tem sido fundamental para o crescimento sustentável da cadeia produtiva da soja.

Norte Agropecuário - O Tocantins é um Estado que tem o agronegócio como carro-chefe da sua economia... Sabemos as doficuldades enormes de orçamento. Mas, diante disso, pergunto:  como planejar algo e pretender fazer se a própria gestão  reduziu em 47,80% a capacidade financeira da Seagro e em 84,95% a capacidade de investimentos da pasta?

Ronison Parente Santos - O país vive um momento econômico extremamente delicado. Os governos, em especial os estados e municípios, têm sido severamente impactados com a retração da economia.  É  natural que em um cenário de adversidade nas contas públicas as adequações tenha ocorrido. E a secretaria de agricultura não ficou imune a isto. Quanto a redução da capacidade financeira, parte se deve ao ajuste que foi necessário ser feito e parte à migração de alguns projetos que eram desenvolvidos pela  Seagro, e que foram para a Seplan, por razões de ordem técnica. Mas a equipe está motivada e tenho certeza que com muito trabalho e criatividade as ações e metas da secretaria serão cumpridas.

Ronison Parente assume como subsecretário da SeagroQUEM É

Ronison Parente Santos (foto ao lado), de 47 anos, nasceu em Formoso do Araguaia. É engenheiro agrônomo graduado na Universidade Federal de Goiás (UFG), advogado com graduação na Pontífice Universidade Católica de Goiás ( PUC). Foi superintendente do Patrimônio da União no Tocantins (SPU-TO), em 2016 e 2017 e secretário municipal da Produção, Indústria e Comércio de Formoso do Araguaia no período de 1997 a 2000.

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